Balanço divulgado nesta quinta-feira (23/1) aponta 476 casos confirmados de sarampo em Curitiba desde agosto de 2019 – 17 deles são novos. A faixa etária entre 15 e 29 anos concentra cerca de 82% do total de casos confirmados – a idade mediana segue de 22 anos. Em apenas 24 casos (5%) foi necessária a internação hospitalar e todos já tiveram alta.
A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) investiga, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), outros 701 casos suspeitos da doença no município – a maior parte só pode ser confirmada após a realização de exame de sangue, coletado pelo menos sete dias após o surgimento das manchas vermelhas na pele.
A incidência da doença é maior no estado de São Paulo, onde já há 16.676 casos confirmados de sarampo, de acordo com boletim divulgado nesta quarta-feira (22/1). A capital paulista concentra 53% dos casos confirmados naquele estado.
No Paraná, a concentração de casos também é na capital do estado (60%), com transmissão local do vírus do sarampo desde a sua reintrodução no município, em agosto de 2019.
Calendário Nacional de Vacinação
Em Curitiba, independentemente de haver ou não campanha, a vacinação de rotina nos 110 postos de saúde não deixa de acontecer, seguindo o recomendado pelo Ministério da Saúde, no Calendário Nacional de Vacinação.
De acordo com esse calendário, crianças, adolescentes e adultos de até 29 anos devem ter registro de duas doses da vacina contra o sarampo, feitas após um ano de idade.
Adultos de 30 a 49 anos devem ter pelo menos uma dose desta vacina, feita após um ano de idade. Desde 22 de agosto, o Ministério da Saúde também recomenda uma dose extra para bebês de 6 a 11 meses de idade.
Essa dose promove uma imunidade temporária, sendo necessário, realizar as duas doses desta vacina previstas no calendário de rotina das crianças brasileiras após este bebê completar 1 ano de idade (a vacina tríplice viral aos 12 meses e a tetra viral aos 15 meses de idade).
Em Curitiba, a cobertura da vacina contra sarampo em crianças de 1 ano de idade é de 96,7% em 2019. E, nos dez anos anteriores, essa cobertura vacinal ficou entre 93% e 100,4%.