A Secretaria da Saúde do Paraná já fez a distribuição de 17 mil comprimidos do medicamento cloroquina para todas as Regionais de Saúde e 28 hospitais de referência. A quantidade é suficiente para 850 tratamentos. Nos próximos dias a Sesa deve receber do Ministério da Saúde mais 27 mil comprimidos.
Segundo orientações do Ministério da Saúde, a cloroquina pode ser usada em pacientes hospitalizados com infecções graves da Covid-19, como coadjuvante no tratamento clínico, desde que devidamente receitada e acompanhada por profissional médico.
“Como ainda não temos tratamento específico e eficaz até o momento, o Ministério da Saúde considerou a utilização da cloroquina em caráter temporário, de acordo com critério da equipe médica dos hospitais”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
O secretário disse que a Sesa acompanha várias pesquisas e testes sobre a utilização de outras substâncias. “Logo a ciência mundial vai achar o caminho, e enquanto isso, não devemos utilizar medicamentos para a Covid-19 sem o protocolo clínico. Medicamento é uma coisa muito séria, é um risco de saúde pública. Como médico, sempre reafirmo que a diferença do veneno e do remédio é a dose, e por isso às vezes temos medicamentos que têm um certo significado, uma certa indicação mas também com os efeitos adversos. A cloroquina e a hidroxicloroquina têm esse caráter; podem provocar alguma alteração no ritmo cardíaco e daí a necessidade da prescrição médica e do acompanhamento”, disse o secretário.
Outros medicamentos – São vários medicamentos em teste no mundo e no Brasil para o tratamento da infecção por coronavírus. “Vários antirretrovirais da família dos medicamentos usados para o tratamento de equilíbrio do coquetel anti-HIV estão sendo pesquisados. Foi assim com a gripe H1N1 , que resultou na indicação do Tamiflu”, destacou Beto Preto.