Nove pessoas foram presas, dois fuzis, pistolas e revólver, além de colete balístico e diversos materiais apreendidos durante a operação Resposta, uma ação conjunta entre a Polícia Militar e a Polícia Federal contra um grupo criminoso que praticava roubos a banco e de cargas no Paraná. Em uma das ações do grupo, um soldado da PM acabou morto ao tentar impedir um roubo em fevereiro do ano passado. O balanço do trabalho conjunto das polícias foi divulgado nesta quinta-feira (07/01), no Quartel do Comando-Geral da PM, em Curitiba.
“Iniciamos uma operação conjunta entre a PM e a PF, tanto na área investigativa quanto na área operacional, e também na área de cumprimento de mandados. Foram vários meses de acompanhamentos de alvos, as equipes da Inteligência trabalhando de forma integrada com a PF, e ontem logramos êxito na prisão de um dos indivíduos na RMC, talvez o mais importante da facção. Com ele foi apreendido fuzil, colete, armamento, e droga, oriundos desses crimes que eles vem cometendo há vários anos, tanto no Paraná como em outros estados”, descreve o Subcomandante-Geral da PM, coronel Hudson Leôncio Teixeira.
O modo de atuação e a violência praticada pelo grupo durante os crimes fez com que as polícias Militar e Federal iniciassem trabalho conjunto para encontrar os autores. Os principais articuladores do grupo foram localizados pelas equipes policiais. Dois deles foram presos após o roubo a banco de Floraí, em dezembro do ano passado (um foi preso na tentativa de fuga, e o segundo acabou localizado nesta quarta-feira). Um terceiro homem, que teria se ferido ao confrontar a PM nesta ocorrência, ainda não foi encontrado. Os demais detidos foram localizados durante cumprimento de mandados judiciais expedidos ao longo da investigação.
Segundo o delegado da Polícia Federal, Peterson Manys, graças ao trabalho integrado foi possível desarticular a quadrilha. “Essa união só fortalece e a partir do momento em que as forças policiais, independente da instituição, trabalham juntas os resultados são extraordinários e de pronta resposta para a comunidade”, afirmou. Ele ainda acrescentou que um dos presos já tinha passagens por roubo. “O suspeito que foi preso em Ponta Grossa já tinha sido preso no Piauí. Eles [suspeitos] atuam em vários estados”, disse.
A primeira ação do grupo, que marcou o início das investigações, ocorreu em Telêmaco Borba, em fevereiro de 2020. Na situação, um banco foi alvo de roubo e uma equipe do 26° Batalhão de Polícia Militar (26°BPM) tentou barrar a fuga dos suspeitos, que confrontaram os policiais e mataram o soldado Welington Rafael Moreira.
Outros crimes executados pelo grupo ao longo dos meses evidenciou a organização que os suspeitos possuíam. Segundo as informações apuradas pelas equipes policiais durante a investigação, descobriu-se que eles cometiam os crimes com atuação de outros grupos criminosos, sempre com foco em roubos contra o patrimônio.
Depois do roubo a banco em Telêmaco Borba, os envolvidos roubaram uma van na Região Metropolitana de Curitiba. Nesta ação, o motorista do carro ficou sob a mira de uma arma de fogo enquanto os demais integrantes da quadrilha retiravam os bens. Posteriormente, um homem foi preso por envolvimento neste roubo.
Em dezembro, em um segundo roubo a banco na cidade de Floraí (PR), houve a intervenção dos policiais militares da região de Ponta Grossa após os marginais atacarem uma viatura da Polícia Rodoviária Federal, fato que deixou uma policial militar ferida ao tentar deter o grupo. Um dos envolvidos foi encontrado pela PM em Colombo, e informações repassadas à PM apontam que outro homem que estava nesta ocorrência acabou ferido após confrontar os policiais militares e, pode estar em óbito, numa região de mata, segundo informações recebidas pela PM.