Completou 1 ano a morte de Sandra Maria Aparecida Ribeiro, assassinada com um tiro no pescoço quando trabalhava no hipermercado Condor em Araucária, na região metropolitana de Curitiba.
Amigos e familiares colocaram placas em frente ao hipermercado pedindo justiça.
A fiscal de loja foi morta em abril de 2020 e a confusão começou com a negativa do empresário em colocar máscara para entrar no estabelecimento, segundo os autos processuais.
Em dezembro do ano passado, Justiça concedeu ao empresário Danir Garbossa, acusado no envolvimento da morte de Sandra, prisão domiciliar em resposta ao pedido da defesa, em que afirma, por meio de laudos médicos, que Garbossa possui grave doença degenerativa.
O advogado de defesa de Danir apresentou documentos oficiais à Justiça que corroboraram problemas neurológicos em Garbossa. Um laudo psicológico afirma que o empresário apresenta todos os critérios para Transtorno Explosivo Intermitente. Exames de ressonância do Instituto de Neurologia de Curitiba (INC) têm indicação médica para ‘Demência Frontotemporal’.
Diante disso, e também por ter na família casos de Alzheimer, o empresário precisaria de acompanhamento constante de um neurologista. “O quadro de saúde do acusado tem evoluído negativamente e que o estado de demência se encontra acentuado, sendo que o Complexo Médico Penal não possui meios para oferecer tratamento, especialmente diante da ausência de médico com especialidade em casos de demência”, alega a defesa.
O advogado Dr. Igor José Ogar que representa a família de Sandra, morta pelo disparo provocado pelo empresário, emitiu uma nota sobre a decisão da Justiça:
“A assistência da acusação é extremamente contrária a qualquer condição de liberdade ao Sr. Danir Garbossa tendo em vista exatamente as informações médicas clínicas constantes dos autos de pedido de liberdade que tramitam de forma pública.
É evidente que seus problemas de ordem comportamental o colocaram na prisão onde deve ser o mesmo mantido em razão destes.
Ainda informamos que não acreditamos nas condições de comportamento por ele alegadas para sua manutenção em prisão domiciliar, e em nome da vítima de morte causada pelo Sr. Danir Garbossa e também de toda sociedade paranaense, agiremos de forma a vigiar e controlar todos os passos do mesmo para que caso seja necessário o mesmo seja prontamente reconduzido à prisão, de onde acreditamos não deveria ter saído.
De qualquer forma, buscaremos pelos meios processuais legais, submeter as condições do acusado a outros profissionais médicos especialistas e habilitados para tal, e melhor avaliar detidamente todas as circunstâncias e aspectos médicos clínicos alegados, buscando assim trazer ao processo a verdade real de interesse daqueles que irão promover o julgamento final.
Se o Sr. Danir Garbossa é considerado uma pessoa explosiva como constataram os laudos, o lugar do mesmo não é em casa, pois uma pessoa neste grau de periculosidade deveria estar em manicômio judicial e não solta”, finalizou o advogado.