Um casal morreu após consumir solvente que era vendido como óleo de semente de abóbora. As mortes foram em fevereiro e março deste ano, mas somente agora a polícia concluiu o inquérito e prendeu o vendedor do produto.
Segundo informações da Polícia Civil, o casal começou a passar mal já na primeira vez que ingeriu o produto, porém na terceira vez em que fizeram o uso acabaram hospitalizados. No dia 15 de fevereiro a mulher morreu, e o marido morreu no dia 16 de março.
O filho suspeitou do produto após relatar que ele não ingeriu o mesmo, e que os pais já tinham passado mal em outras ocasiões. A partir daí começaram as investigações.
O produto foi comprado pela internet, em um grande site de compra e vendas. No site dizia que o óleo era puro, orgânico e que ajudava a melhorar o sistema cardiovascular e a controlar o colesterol.
A Polícia Civil foi até a sede da empresa onde foram feitas buscas e o proprietário acabou preso. Foi encontrado no local produtos armazenados ao lado de um vaso sanitário. A perícia fez análise do óleo e constatou que a substância continha dietilenoglicol, solvente usado em processos industriais. Também tinha no produto glicerina em quantidade 130 vezes o superior que pode ser ingerido. Ele utilizava um óleo de girassol com corantes e saborizantes.
Além disso foi constatado que o dono não tinha registro para produção. No local também eram produzidos cosméticos e produtos para cabelo. Ele foi preso por estelionato, crime contra ordem econômica, falsificação de produto terapêutico e também foi indiciado por duplo homicídio culposo.
Agora a Polícia Civil espera retorno do site de vendas para identificar outras possíveis vítimas do vendedor.
Com informações do G1