Um crime inexplicável chocou moradores da zona rural de Marabá, no Pará, norte do Brasil. Três meninos de 12, 11 e 9 anos confessaram e detalharam a policiais civis a morte do pequeno Júlio Henrique de Miranda, de apenas 5 anos.
De acordo com a mãe do menino, ela relatou que o filho estava brincando em frente de casa quando sumiu. A Polícia Militar foi acionada e iniciou as buscas sem sucesso.
Moradores da região continuaram durante toda a madrugada as buscas pelo menino, e na manhã seguinte o menino foi encontrado. A mãe desesperada chegou a carregar o corpo do filho que estava completamente nu. A mãe em choque perdeu as forças e ficou no chão junto com o filho sem vida. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal.
A Polícia Civil e Militar realizaram uma força tarefa para identificar o responsável pela morte. Eles conseguiram conversar com uma testemunha que relatou ter visto a vítima com um menino de 11 anos.
Os policiais foram até a residência deste menino que confessou e acabou denunciando outros dois envolvidos, seu irmão de 12 anos e outro menino de 9 anos.
Segundo os militares, as crianças estavam brincando de peteca, quando houve um desentendimento entre eles. Os meninos combinaram de ir para essa represa. No local, Júlio Henrique foi espancado pelo menino de 12 anos, que usou um fio de celular e de energia.
“O menor de 9 anos teria tirado a roupa da vítima e os outros maiores vendo a situação, empurrou o menor de 5 anos na represa”, disse o sargento da PM, acrescentando que como a criança não sabia nadar morreu afogada.
De acordo com o superintendente de Polícia Civil, delegado Vinícius Cardoso, as duas crianças de 9 e 11 anos, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente, seriam entregues ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis. Enquanto o que vai fazer 13 anos será submetido a uma medida socioeducativa.
“Ele está sendo apreendido por ato infracional análogo ao crime de homicídio qualificado e ficará à disposição da Vara da Infância e da Juventude”, explicou o delegado.
Por ter sido encontrado nu, a Polícia Civil solicitou o exame sexológico forense para que um médico aponte ou não o abuso sexual. “Segundo as informações colhidas, a criança foi agredida com socos, pontapés e golpes com fios e foi jogada na represa e por não saber nadar morreu afogada”, disse, acrescentando que somente depois do laudo se saberá se o menino foi vítima de abuso sexual.