A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu uma mulher durante uma operação contra advogados suspeitos de falsificar atas judiciais e fazer acordos fraudulentos na Justiça do Trabalho com prejuízo superior a R$ 27,3 milhões a uma construtora de São Paulo. A ação aconteceu na manhã desta sexta-feira (17).
Os policiais apreenderam celulares, computadores e documentos que irão auxiliar no andamento das investigações. Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram cumpridos simultaneamente na capital paranaense, São José dos Pinhais, Almirante Tamandaré e Araucária, na Região Metropolitana, e em São Francisco do Sul, no estado de Santa Catarina.
Cerca de 50 policiais civis participaram da ação que teve como alvos nove escritórios de advocacia em Curitiba. A PCPR ainda contou com o apoio da Polícia Civil de Santa Catarina (PCSC) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
De acordo com as investigações, em 2022 foram identificadas atas de audiências trabalhistas falsificadas por uma advogada com acordos falsos. Posteriormente, ela encaminhava para o financeiro da empresa para o pagamento.
“Apuramos na investigação que os advogados, juntamente com a advogada que foi presa, fraudavam as atas judiciais afirmando que a empresa deveria fazer pagamentos em contas específicas desses advogados e de terceiros. Contudo, os processos não tinham a fase de conciliação ou de pagamento”, afirma o delegado Emmanoel David.
Conforme apurado, as fraudes aconteceram durante o período de um ano e, além da suspeita, outros advogados participavam da associação criminosa e eram beneficiados com o golpe.
A mulher pode responder por associação criminosa, estelionato, falsificação de documento público e falsificação de documento particular.