A Polícia Civil do Paraná (PCPR) alerta pais e responsáveis sobre os sinais que podem indicar violência e abuso sexual em crianças e adolescentes. Mudanças de comportamento e trauma físico são alguns dos sinais que podem ser emitidos pelas vítimas. O alerta é feito em referência ao Maio Laranja, mês de combate ao abuso e a exploração infantil no Brasil.
O primeiro sinal é uma possível mudança de comportamento, entre elas alteração de humor e hábitos, extroversão, medo e pânico. A mudança acontece de forma imediata e inesperada.
Entre as alterações pode haver comportamentos infantis repentinos. Se a criança ou adolescente voltar a ter comportamentos os quais já abandonou pode ser um indicativo de que algo esteja errado.
O delegado titular do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria) da PCPR, Rodrigo Rederde sugere que os pais fiquem atentos aos sinais dados pelas crianças. “Toda criança brinca. Quando a criança deixa de brincar é sinal de que algo não ter está bem”, afirma.
O trauma físico, como marcas de agressões ou indícios de doenças sexualmente transmitidas, também são fatores que os pais devem estar atentos. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas do crime cometido.
Para manter as crianças e adolescentes seguras, o delegado orienta que os pais e responsáveis conversem com os filhos. “É importante dialogar sobre sexualidade, respeitando a compreensão da criança e o desenvolvimento, e explicar que ninguém pode tocar em suas partes íntimas”, explica Rederde.
Se há indícios ou se o abuso é confirmado, o responsável legal deve registrar o boletim de ocorrência imediatamente. “A Polícia Civil do Paraná orienta aos pais e responsáveis legais a procurarem a delegacia mais próxima para registrar o b.o caso a criança e/ou adolescente verbalize quaisquer tipos de violência”, explica.
NUCRIA– O Nucria é a unidade responsável por investigar crimes de violência psicológica, física e sexual e busca garantir a segurança, tranquilidade e equilíbrio emocional do público infanto-juvenil e de seus familiares.
A delegacia, que atua desde 2014, apura crimes de lesão corporal grave, gravíssima ou qualificadas pela violência doméstica, como estupros, situações de pedofilia, tortura e outros crimes. No local são atendidas crianças de 0 a 12 anos incompletos.
Atualmente a PCPR conta com sete unidades do Nucria, em Curitiba, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Paranaguá e Ponta Grossa.
DENÚNCIAS – Aquele que tomar conhecimento da prática de algum crime contra criança ou adolescente deve denunciar.
A PCPR solicita a colaboração da população com informações que auxiliem em casos de violência contra crianças e adolescentes. As denúncias podem ser feitas de forma anônima através do 197, da PCPR e 181, do Disque Denúncia.
Se a violência estiver ocorrendo naquele momento, a pessoa deve acionar a Polícia Militar, por meio do 190.