As operações de busca pelo submarino que desapareceu no último domingo (18), enquanto levava cinco pessoas para explorar os destroços do Titanic, estão em seu quinto dia. Segundo estimativas, o ar respirável dentro do submersível deve ter se esgotado na manhã desta quinta-feira (21).
As equipes de busca têm vasculhado uma vasta região do Atlântico em busca do submarino perdido. O veículo tinha um suprimento de ar para 96 horas, de acordo com as especificações da empresa. No entanto, especialistas ressaltam que o tempo restante de oxigênio depende de vários fatores, incluindo a integridade do veículo e a disponibilidade de energia.
A Guarda Costeira dos Estados Unidos está liderando as operações de busca, com envolvimento também do Canadá e da França. O capitão Jamie Frederick, da Guarda Costeira dos EUA, declarou que, em operações de busca e resgate, a esperança sempre permanece presente.
Foram lançadas boias de sonar nas águas com o intuito de localizar o submarino submerso, enquanto aeronaves e embarcações buscam na superfície do oceano, caso o submarino tenha emergido, mas perdido a comunicação.
No momento, há cinco “ativos” de superfície e dois veículos operados remotamente empenhados na busca, de acordo com o capitão Frederick. As equipes já percorreram mais de 26 mil quilômetros quadrados de mar aberto, aproximadamente a mesma área do Líbano.
Prevê-se a chegada de mais “ativos” nos próximos dias. Entre os navios que devem participar da operação, destaca-se um navio de pesquisa francês equipado com um robô capaz de realizar mergulhos em águas profundas, bem como um sistema especializado de resgate capaz de içar objetos grandes e pesados do mar.
Durante as buscas realizadas na terça-feira e na quarta-feira, foram captados ruídos semelhantes a batidas em uma área específica. O capitão Frederick afirmou que as equipes ainda não sabem a origem desses sons, mas as operações de busca têm se concentrado nessa região.
As condições climáticas, a ausência de luz durante a noite, o estado do mar e a temperatura da água são fatores que influenciam significativamente as operações de busca e resgate no oceano.
O resgate de pessoas debaixo d’água é extremamente desafiador em comparação com a superfície. Muitos veículos subaquáticos possuem dispositivos sonoros que podem ser detectados pelos socorristas. No entanto, ainda não está claro se o submarino Titan, que desapareceu, está equipado com esse recurso.
Caso o Titan esteja no fundo do oceano, a pressão exercida pela coluna de água, que atinge 3.800 metros, bem como a escuridão, tornam o resgate extremamente difícil. Especialistas, como Tim Maltin, renomado especialista em Titanic, afirmam que resgatar o submarino nessas condições é praticamente impossível