De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), o promotor Bruno Vagaes, de Ibiporã, foi afastado temporariamente do cargo pela Corregedoria Nacional do Ministério Público, após descumprir por 101 vezes as medidas protetivas que sua ex-esposa havia obtido contra ele. A decisão de afastamento foi tomada na quarta-feira (5).
A defesa de Bruno anunciou que irá recorrer da decisão, alegando que ela se baseia em “premissas fáticas e jurídicas equivocadas” e foi proferida em meio a uma intensa repercussão midiática.
O afastamento é uma medida cautelar e, segundo a Corregedoria, permanecerá em vigor até a “conclusão definitiva dos procedimentos administrativos”. O caso está sendo tratado em sigilo, e a Corregedoria determinou que os procedimentos administrativos disciplinares contra Bruno continuem em andamento no MP-PR.
Em nota, o MP-PR informou que aguarda uma resposta do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) desde 20 de junho, solicitando o levantamento do sigilo das ações penais em curso contra o promotor.
Na segunda-feira (3), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) havia retirado da pauta a avaliação da reclamação disciplinar feita contra Bruno. A denúncia foi apresentada pela ex-esposa do promotor.
A mulher relata que o episódio de violência que a levou a buscar ajuda ocorreu após uma festa de aniversário. Na ocasião, o então marido teria tocado suas partes íntimas sem seu consentimento enquanto ela dirigia. O carro também transportava a filha do casal, que tinha 2 anos na época, e um amigo do promotor.
A ex-esposa, também mencionou que obteve a primeira medida protetiva em dezembro de 2019, quando ainda estavam juntos. A vítima afirma que, em diversas brigas, o então marido puxava o volante enquanto ela dirigia. Uma das agressões foi registrada pelas câmeras de segurança do prédio onde o casal residia. Atualmente, Bruno está proibido de se aproximar da ex-esposa e de seus familiares, além de ser proibido de entrar em contato com eles.
Com informações do g1