Em novos desdobramentos do caso, a Polícia Civil conseguiu recuperar uma foto do celular do marido de Franciele Rigoni, de 36 anos, que foi brutalmente assassinada em maio deste ano, em Colombo na Região Metropolitana de Curitiba. Na foto, Franciele aparece minutos antes de ser assassinada, deitada em um sofá, com um cachorrinho e sorrindo para o marido.
Segundo informações da Polícia Civil, a intenção do homem seria de mostrar ao seu comparsa a posição exata em que Franciele estava naquele momento. Wesley Lopes é apontado como o comparsa. Antes do crime, segundo o MP, o marido de Franciele teria ido até Campina Grande do Sul buscar Wesley e também foi visto com Wesley em uma loja da região comprando uma touca e um par de luvas. Wesley teria ficado no banco traseiro do carro escondido esperando o momento certo de invadir a residência e auxiliar no assassinato dela, para isso, o marido mandou a foto de Franciele indicando onde ela estava dentro da casa. O casal morava em um condomínio de Pinhais.
A mulher foi brutalmente assassinada, e após o crime, o local foi meticulosamente limpo. Câmeras de segurança do condomínio mostraram a vítima no banco do passageiro, já sem vida, usando óculos escuros ao lado do marido. A empresária foi encontrada morta dentro do carro no bairro Guarani, em Colombo, na mesma posição em que foi vista pelas câmeras de segurança.
No sábado, 3 de junho, a polícia localizou um tapete queimado junto com um documento de Adair, marido da vítima, em uma área de mata no município de Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). O delegado ressaltou que o tapete foi encontrado após a Delegacia do Alto Maracanã analisar a rota do veículo onde o corpo de Franciele foi encontrado, utilizando o GPS.
Mulher que saiu para realizar orçamento é encontrada morta a facadas dentro de carro
Tanto o marido como o comparsa foram presos e permanecem à disposição da Justiça. O marido foi preso durante o velório de Franciele. A investigação demonstrou que a motivação para o crime seria que Adair tinha contratado apólices de seguro de vida em nome de Franciele e se colocado como beneficiário. Ele tinha uma série de dívidas de jogos de apostas e o valor das apólices de seguro somavam R$ 1,4 milhão. Outro fato que chama a atenção é de que no dia anterior ao crime, Adair tentou enviar uma transferência bancária de mais de 11 mil reais para Wesley, porém o banco não aprovou a operação. Mesmo assim Adair mandou um print para Wesley, da tentativa de pagamento.
Adair e Wesley foram indiciados por homicídio qualificado por recompensa, traição e emboscada, além de feminicídio. As acusações incluem também fraude processual, visto que tentaram manipular as evidências.