O investigador da Polícia Civil Rogério Ferreira Franco, protagonista de diversos episódios de tumultos e violência em Paranaguá e Curitiba, foi oficialmente exonerado de seu cargo público. A medida foi tomada pelo governador do Estado, após uma série de incidentes, incluindo uma tentativa de homicídio em 2021 e episódios recentes de perturbação em festas.
No episódio que levou à sua autuação em flagrante por tentativa de homicídio, em novembro de 2021, Rogério disparou uma pistola calibre 380, atingindo de raspão o pescoço do sargento da reserva da Polícia Militar, Adailton Maia Passos, durante uma briga em uma casa de shows na cidade de Paranaguá. O sargento, que atuava como segurança no local, tentou intervir na confusão.
Em seguida, em maio de 2022, Rogério Ferreira Franco foi novamente detido após causar tumulto em uma festa no bairro Santa Cândida, em Curitiba. Embriagado e armado, ele resistiu à abordagem de policiais militares e foi desarmado. Posteriormente, em um motel da capital, protagonizou outro incidente ao furtar toalhas e um edredom antes de deixar o estabelecimento.
Esses eventos se somaram a outros incidentes anteriores, incluindo um acidente de trânsito em 2018, recusa em fazer teste do bafômetro, briga em bar e apontar uma arma para outro frequentador. Em agosto de 2022, no mesmo motel onde furtou as toalhas, apontou uma arma para uma funcionária durante um desentendimento.
O decreto de demissão, assinado pelo governador em dezembro de 2023, alega que Rogério Ferreira Franco praticou atos que “importam em escândalo ou concorrem para comprometer a função policial, bem como a dignidade e o decoro da classe.” O documento foi publicado no Diário Oficial nº 11558 e contou com as assinaturas do chefe da Casa Civil, João Carlos Ortega, e do secretário de Estado da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.
Cabe ressaltar que há possibilidade de recurso por parte do ex-policial Rogério Ferreira Franco.