Uma das maiores associações de proteção veicular do país foi alvo da operação Seguro Fake, da Polícia Federal, que tem o objetivo de desarticular empresas que exploram ilegalmente o mercado de seguros sob a denominação indevida de associações de proteção veicular.
Segundo a PF, a associação é uma das maiores do Brasil e atua na venda ilegal de seguros em todo o país. Estima-se que o grupo, comandado por um casal de Belo Horizonte, tenha mais de 100 mil clientes e cerca de 500 funcionários.
A empresa possui centenas de queixas no Procon e em sites de reclamações de consumidores. Grande parte dos relatos mencionam o não pagamento de indenização por perda total, a péssima qualidade das oficinas credenciadas, a não permissão de uso do serviço de reboque, a não cobertura em veículos de terceiros, entre outros.
A PF ressalta que os donos dessa associação de seguro ilegal montaram um grande esquema de lavagem de dinheiro, com o objetivo de direcionar parte dos valores do rateio pago pelos “associados” para eles mesmos.
Estima-se que o faturamento é de mais de R$ 500 milhões por ano. Como uma “associação” não pode distribuir lucro a seus diretores, os donos dessa de proteção veicular constituíram várias outras empresas-satélites que gravitam em torno dela. Assim, o dinheiro era repassado para essas empresas como forma de pagamento de serviços, tais como assistência 24 horas, reboque, rastreadores, oficinas, entre outros. A forma de dissimular distribuição de lucros é, na visão da Polícia Federal, um indício de lavagem de dinheiro.
Fonte: Portal Metrópoles.
Por Walber Pydd, advogado especialista em trânsito da CWB Multas, saiba mais clicando aqui