Curitiba já registrou em 2024, de janeiro a 12 de junho, 19 óbitos por influenza, vírus causador da gripe que tem circulado na cidade, antes mesmo do período de inverno, e provocado casos graves e mortes. Com o monitoramento das síndromes respiratórias agudas graves (Srag), o Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) alerta para a necessidade de prevenir novas contaminações por meio da vacina, disponível em 108 Unidades de Saúde de Curitiba para todos acima de 6 meses de idade.
A campanha de vacinação contra a gripe foi iniciada em 25 de março e a SMS vai continuar oferecendo a aplicação até o fim dos estoques, que hoje é de 244 mil doses.
“Vacinar é a melhor estratégia para evitar casos graves, internações e mortes por influenza, principalmente para os mais vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes, puérperas e pessoas com doenças pré-existentes”, alerta a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella. “Lamentamos que ainda tenhamos mortes por influenza, apesar de haver vacina disponível para evita-las”.
Curitiba aplicou 395,6 mil doses da vacina influenza em 2024. O percentual de imunização da campanha, que leva em consideração os públicos prioritários, como crianças menores de 6 anos, idosos, gestantes e puérperas, atingiu 45,6% de aplicação, muito abaixo da meta de 90%.
Entre os mais de 1,9 mil pacientes de Curitiba internados com quadro de Srag, entre janeiro e 12 de junho, foram confirmados 318 diagnósticos de influenza, dos quais 19 faleceram em decorrência das complicações da doença. Nove óbitos ocorreram em abril e oito no mês de maio.
“Com a chegada dos dias mais frios, quando circulam com mais intensidade os vírus respiratórios, é essencial que a carteira vacinal esteja em dia com os imunizantes disponíveis, como o contra a gripe, anticovid e todas as demais vacinas do calendário nacional de imunização”, reforça a secretária.
Tratamento
Além de se prevenir contra a gripe com a vacina, também é necessário estar atento à necessidade de intervir com o tratamento oportuno com medicamentos para evitar o agravamento do quadro de saúde.
“O vírus influenza pode causar casos graves, o que determina atenção aos sintomas e aos sinais de alerta, que podem indicar a necessidade de intervenção com medicamentos e monitoramento de cada paciente”, diz o diretor do Centro de Epidemiologia da SMS, Alcides de Oliveira.
O antiviral oseltamivir, indicado para o tratamento da influenza, está disponível no SUS Curitibano a partir de indicação médica. O medicamento precisa ser iniciado em até 48 horas após o início dos sintomas, para evitar o agravamento da situação do paciente.
Aos primeiros sintomas, é possível buscar atendimento pela Central Saúde Já – 3350-9000. Depois da classificação de risco, feita por um profissional de saúde, poderá ser realizada uma consulta por telefone ou ainda por vídeo, utilizando o aplicativo Saúde Já Curitiba. A receita médica e o atestado, caso necessário, serão encaminhados ao paciente pelo App e os medicamentos podem ser retirados em uma unidade de saúde ou UPA de Curitiba.
“Se houver sinais de alerta, como dificuldade para respirar, taquicardia, vômito, entre outros sintomas mais graves, é preciso buscar atendimento de urgência em uma das nove UPAs de Curitiba”, alerta o médico Alcides de Oliveira.
Prevenção
Outra orientação para evitar o adoecimento por vírus respiratórios é a adoção do protocolo preventivo. O uso de máscara de proteção quando estiver com sintomas, lavagem das mãos e uso de álcool gel, manter os ambientes arejados, proteger a boca e o nariz com o cotovelo ao tossir e espirrar, além de se isolar para evitar a transmissão do vírus a outras pessoas de seu convívio.