A Polícia Civil do Paraná (PCPR) indiciou, nesta quarta-feira (19), um homem, de 60 anos, por atuar falsamente como advogado em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O investigado foi indiciado em dois inquéritos policiais por estelionato, após aplicar golpes em pessoas que buscavam renegociar dívidas.
As investigações revelaram que, mesmo após ser preso em flagrante em 6 de dezembro de 2024, quando tentava se passar por advogado no Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Ponta Grossa, o homem continuou a aplicar os golpes utilizando o mesmo modus operandi.
Conforme o delegado da PCPR Gabriel Munhoz, ele se apresentava como advogado e usava uma empresa de assessoria de cobranças como fachada. Contudo, ao ser investigada, a empresa tinha seu Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) registrado para atividades de “manutenção e instalação elétrica”, o que indicou mais uma fraude.
“O golpista prometia renegociar dívidas e financiamentos com grandes reduções nos valores, cobrando honorários antecipados. No entanto, após o pagamento, as vítimas descobriam que suas dívidas não haviam sido renegociadas e, em alguns casos, os valores aumentavam”, explica.
Em um dos casos, uma vítima transferiu R$ 2.163, com a promessa de quitar dívidas de algumas lojas. Em outro, o golpista cobrou R$ 300 para “ingressar com uma ação” e posteriormente recebeu mais R$ 1.620 em três parcelas, prometendo redução de um financiamento de motocicleta.
“Quando questionado, ele ameaçava as vítimas com ações judiciais. A Polícia Civil orienta que, antes de contratar serviços advocatícios, é importante verificar a situação do profissional junto à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)”, completa.
Os inquéritos foram encaminhados ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para as providências cabíveis.
GOLPES – A PCPR orienta que os cidadãos verifiquem informações sobre empresas e agências que prometam condições muito mais vantajosas para renegociação de dívidas.
A PCPR também alerta a população sobre o aumento de golpes direcionados a grupos vulneráveis, principalmente em face de pessoas com deficiência e idosos. É fundamental que familiares e responsáveis estejam atentos a movimentações bancárias suspeitas e que jamais forneçam documentos pessoais ou autorizem terceiros a realizar operações financeiras em seu nome.
Em caso de suspeita de golpe ou fraude, a orientação é registrar imediatamente um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou no site da PCPR, permitindo que as autoridades investiguem o caso e previnam novas ocorrências.
