A Divisão Estadual de Narcóticos (DENARC) está nas ruas na manhã desta terça-feira (2) para cumprir 82 mandados judiciais contra uma organização criminosa estruturada em Curitiba e responsável por operações interestaduais de tráfico de drogas e armas com atuação em diversas regiões do país. A ação é um desdobramento da maior apreensão de haxixe já registrada no Paraná e ocorre simultaneamente na capital e em Itapema, em Santa Catarina.
A operação mira o núcleo financeiro e logístico do grupo e busca interromper rotas de abastecimento que conectavam o Paraná a outros estados. Várias delegacias especializadas participam de apoio na operação, inclusive o Grupamento de Operações Aéreas (GOA), com helicóptero Águia.
As equipes contam com apoio aéreo e com cães de faro para aumentar a efetividade das buscas. Ao todo, estão sendo cumpridos 15 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, além de 28 bloqueios de veículos e 14 bloqueios de contas bancárias ligadas aos investigados.
Segundo as investigações, o grupo atuava a partir dos bairros Pinheirinho, Cidade Industrial e Tatuquara, mantendo uma rede de transporte que movimentava grandes carregamentos de drogas e armamentos de grosso calibre. A organização criminosa operava com estrutura empresarial, praticava lavagem de dinheiro, ocultação patrimonial e movimentou mais de R$ 513 milhões em operações suspeitas por meio de empresas de fachada.
Durante a investigação, o DENARC apreendeu mais de 700 quilos de haxixe em 1º de junho de 2025, a maior apreensão já registrada no Paraná e a segunda maior do país. Os dois presos na ocasião relataram que receberiam R$ 400 mil pelo transporte da carga.
Em desdobramentos posteriores, foram apreendidos mais de 900 quilos de maconha em Ponta Porã (MS), em 4 de outubro de 2025, e 350 quilos da droga em uma oficina mecânica ligada ao grupo, em 25 de outubro, no bairro Pinheirinho, em Curitiba.
O principal alvo da investigação já havia sido preso em Itapema (SC). Ele vivia em um apartamento de luxo e comandava toda a operação, contando com co-líderes estabelecidos em Curitiba.
“As investigações revelaram que esse homem era responsável por enviar armas de grosso calibre a partir do estado de São Paulo para uma organização criminosa do Rio de Janeiro, além de abastecer esses e outros estados com grandes quantidades de drogas”, afirma o delegado do DENARC Victor Loureiro Mattar Assad.





