Dezesseis unidades da Guarda Municipal nas dez regionais de Curitiba já utilizam 296 câmeras corporais (body cams) em suas rotinas. Elas são mais de 57% do total de equipamentos previstos. Até o fim do ano serão 515 câmeras para uso nos uniformes.
O escalonamento do uso da nova tecnologia de segurança pública, que já está integrando a Muralha Digital da Prefeitura, segue a necessidade de instalação da infraestrutura tecnológica necessária para o funcionamento das bases (dock station). As dock stations permitem a recarga das câmeras individuais. À medida que cada uma das unidades fica pronta, os guardas são treinados e começam a utilizar os equipamentos.
“O modelo de Curitiba é único e reitera a inteligência da cidade ao entregar serviços de qualidade e que prezam pelo respeito aos agentes de segurança e aos cidadãos”, afirma o secretário de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação, Alexandre Jarschel de Oliveira.
As câmeras fazem parte do aparato da Muralha Digital, programa que alia policiamento e tecnologia da informação para tornar a cidade mais segura. Em 2023 começam a operar também as 160 câmeras veiculares. Os projetos para a instalação nos diferentes modelos de viaturas estão em fase final de elaboração.
As equipes que têm equipamentos em uso estão vinculadas às bases dos seguintes locais: Grupo de Pronto Emprego Operacional (GPEO), localizado na Praça Osório, e que atua na região central da cidade, Praça Afonso Botelho, Jardim Botânico, parques Tanguá, Tingui, Atuba, Palácio 29 de Março, Ruas da Cidadania do Cajuru, Boa Vista, Santa Felicidade, Portão (Fazendinha), Bairro Novo, Casa da Mulher Brasileira, núcleos regionais do Portão e da Matriz e GTran (Grupo de Trânsito da Guarda Municipal).
Operação assistida
Programa executado pelas secretarias de Administração, Gestão de Pessoal e Tecnologia da Informação (Smap) e de Defesa Social e Trânsito (SMDT), a Muralha Digital conta com cerca de 1.400 câmeras com imagens verificadas 24 horas, em pontos estratégicos da cidade com grande fluxo de pessoas. As câmeras corporais e veiculares da Guarda Municipal farão parte deste conjunto.
Na fase atual, os equipamentos estão em operação assistida, período de adaptação necessário para eventuais ajustes tecnológicos, treinamento dos guardas e assimilação da tecnologia na rotina de trabalho.
“Estamos em uma fase inicial, em que o operador de segurança precisa assimilar essa nova tecnologia que irá contribuir na sua proteção pessoal, na proteção do cidadão e na segurança jurídica da sua atuação”, diz o secretário municipal de Defesa Social e Trânsito, Péricles de Matos.
Prestação de serviço
A inclusão das câmeras corporais e veiculares na Muralha Digital é resultado do contrato de prestação de serviço que prevê a aquisição, manutenção, substituição dos equipamentos sempre que necessário, licenças necessárias e sua atualização, infraestrutura de wi-fi e plano de dados (chip), data center para armazenamento e gestão de imagens, dentre outros equipamentos acessórios. Tudo deve funcionar de forma integrada com o Centro de Controle Operacional da Muralha Digital.
O custo mensal previsto, quando tudo estiver em funcionamento, será de R$ 791 mil, mas o pagamento só começa após a conclusão dos ajustes necessários. Até o momento, a Prefeitura de Curitiba não começou a pagar pelo serviço. Os pagamentos serão feitos na proporcionalidade das instalações e plena operação do sistema em cada uma das 25 sedes da corporação onde a estrutura estará em funcionamento.
Lançada em julho, esta etapa da Muralha, previa o funcionamento de todos os equipamentos até o fim de outubro. Para que todos os ajustes sejam concluídos, houve a necessidade de alterar o cronograma.
Recente decreto da Prefeitura autoriza a implantação do sistema nas viaturas da Guarda Municipal e o monitoramento e registro dos servidores das áreas operacionais de segurança, trânsito e fiscalização.