Na última quinta-feira (25) a Coreia do Sul anunciou que planeja criar um comitê de aconselhamento para discutir a possível proibição da carne de cachorro no país.
Uma comissão com 20 membros será composta por especialistas, membros de organizações privadas e autoridades do governo. O consenso deve ser alcançado até abril de 2022.
Se por um lado, o projeto é exaltado por ativistas dos animais e proprietários de cachorros, por outro, tradicionalistas alegam que a carne é uma receita típica da Coreia do Sul e que as pessoas precisam ser livres para consumir.
O tema entrou na agenda governamental depois que o presidente da Coreia do Sul Moon Jae-in sugeriu que já estava na hora de impor a proibição de venda e consumo de carne de cachorro.
Moon adora animais e disse que se alimentar de carne de cachorro tem se tornado cada vez mais controverso na comunidade internacional.
Apesar da carne de cachorro fazer parte da culinária coreana há séculos, nos últimos anos a popularidade tem caído drasticamente.
O último grande mercado de carne de cães fechou no início de 2021. Anualmente são criados cerca de 1,5 milhão de cães para fins de alimentação em fazendas pelo país.
84% dos coreanos não comem ou não querem comer cachorro, e 60% dizem apoiar a proibição do comércio, segundo a Sociedade Humana Internacional.