Estudos preliminares apontam que vírus não se adapta da mesma forma que em adultos no sistema imunológico dos pequenos; mesmo assim, cuidado deve ser redobrado durante a pandemia
Mesmo com o avanço do novo COVID-19 e o aumento de casos confirmados no Brasil, as crianças parecem ser as menos afetadas pelo vírus. Ainda que as causas para isso não estejam confirmadas completamente, grande parte dos pacientes infantis são assintomáticos ou apresentam sintomas leves e moderados, em quadros que não precisam de internamento, em sua maioria.
“O que a gente tem visto até agora, principalmente dos estudos que vêm da China, é que o número de crianças diagnosticadas é ainda menor do que na faixa etária adulta,” afirma Camila Benvegnu, pneumologista pediátrica e médica assistente na Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviço home care do Brasil.
Entre os motivos para a baixa incidência, estão a falta de adaptação do vírus ao sistema imune das crianças, que ainda está em formação, além da menor expressão do receptor angiotensina, responsável pela entrada do vírus no organismo. “Ainda é um pouco cedo para falar com certeza, mas essas são algumas linhas de pesquisa. Se elas têm menos portas abertas para o vírus, têm, consequentemente, uma menor entrada,” explica a pneumologista.
Por outro lado, ainda que as crianças apresentem quadros mais leves em sua maioria, isso não significa que os cuidados devam diminuir, já que mesmo sem sintomas, elas podem estar transmitindo o vírus. “Às vezes você pode ter uma criança que está aparentemente saudável e está brincando com os avós. Mas na verdade ela pode estar contaminada e, desta forma, vai levar o vírus até as pessoas idosas com quem convive,” afirma a especialista.
Assim, as medidas de prevenção devem ser as mesmas recomendadas para toda a população: lavar as mãos com água e sabão; evitar o contato com pessoas doentes; não sair de casa; ficar com o ambiente o mais ventilado possível; higienizar brinquedos, bichos de pelúcia ou celulares; não compartilhar objetos e, sempre que for espirrar, levar o braço no rosto ou utilizar um lenço de papel. “A única diferença é que se deve evitar o uso de álcool em gel dentro de casa, já que pode causar uma alergia ou outro risco”.
Conversar é importante
Além de falar sobre os cuidados, a especialista ressalta a importância de conversar com a criança de forma clara e simples, explicando o que é o vírus, como é transmitido, o que são medidas de prevenção e qual sua relevância.
“A gente tem uma tendência de achar que as crianças não entendem ou não tem a capacidade de absorver o que está acontecendo, mas isso não é verdade. Ela ia para a escola e, de repente, tem que ficar preso em casa sem ver os avós e não sabe os motivos. É importante explicar exatamente o que está acontecendo e acalmá-las, já que o estado em que elas estão reflete muito a forma como transmitimos as informações,” afirma Benvegnu.
Vacinação e medicamento de uso crônico
Com a chegada do outono e as temperaturas mais baixas, é comum que o índice de crianças gripadas aumente. Como muitos sintomas do COVID-19 se assemelham aos da gripe comum — como febre, dor no corpo, coriza, tosse — mais do que nunca é importante manter a carteirinha de vacinação dos pequenos em dia. “A preferência, quando possível, é que a vacinação seja feita em casa. Mas o principal, é que todas as vacinas sejam feitas, incluindo a da gripe”.
No caso de recém-nascidos, a orientação é evitar receber visitas. Caso não seja possível, todos devem utilizar máscaras e procurar não beijar ou abraçar a criança. Lembrando que, pessoas que estejam com algum sintoma não devem visitar bebês pequenos.
“As crianças podem ser menos afetadas pelo novo coronavírus, mas são transmissores em potencial da COVID-19.Estudos preliminares apontam que o vírus não se adapta ao sistema imunológico inato dos pequenos da mesma forma que em adultos; mesmo assim, o cuidado deve ser redobrado durante a pandemia. Mesmo com o avanço da COVID-19 e o aumento de casos confirmados no Brasil, as crianças parecem ser as menos afetadas pela doença. Ainda que as causas para isso não estejam completamente esclarecidas. Grande parte dos pacientes infantis são assintomáticos ou apresentam sintomas leves a moderados, são quadros que geralmente não precisam de internamento.
“Até o momento nos estudos divulgados, número de crianças diagnosticadas é menor do que o de adultos,” afirma Camila Benvegnu, pneumologista pediátrica e médica assistente na Lar e Saúde, uma das maiores prestadoras de serviço home care do Brasil. Entre os motivos para a baixa incidência da COVID-19 em crianças, está a falta de adaptação do vírus ao sistema imune inato das crianças, que ainda está em formação. Ainda é um pouco cedo para falar com certeza, mas é o que algumas linhas de pesquisa discutem. As crianças tem menos “portas abertas” para o vírus e consequentemente, uma menor entrada,” explica a pneumologista. Por outro lado, ainda que as crianças apresentem quadros mais leves em sua maioria, isso não significa que os cuidados devam diminuir, já que mesmo sem sintomas, elas podem estar transmitindo o vírus. Às vezes você pode ter uma criança que está aparentemente saudável e está brincando com os avós. Porém ela pode estar contaminada e, desta forma vai levar o vírus até as pessoas idosas com quem convive” afirma a especialista.
Assim, as medidas de prevenção devem ser as mesmas recomendadas para toda a população: lavar as mãos com água e sabão; evitar o contato com pessoas doentes; não sair de casa; ficar com o ambiente o mais ventilado possível; higienizar brinquedos, bichos de pelúcia e celulares; não compartilhar objetos e, sempre que for espirrar, levar o braço no rosto ou utilizar um lenço de papel. A única diferença é que se deve evitar o uso de álcool em gel dentro de casa, já que as crianças levam a mão na boca com frequência e o álcool pode causar alergias por exemplo.
Conversar é importante
Além de falar sobre os cuidados, a especialista ressalta a importância de conversar com a criança de forma clara e simples, explicando o que é o vírus, como é transmitido, o que são medidas de prevenção e qual sua relevância.
“A gente tem uma tendência de achar que as crianças não entendem ou não tem a capacidade de absorver o que está acontecendo. Mas isso não é verdade. Ela ia para a escola. De repente, tem que ficar presa em casa sem ver os avós e não sabe os motivos. É importante explicar exatamente o que está acontecendo e acalmá-las. A forma como transmitimos a informação e como encaramos essa situação, reflete muito em como elas lidam com o momento” afirma Benvegnu.
Vacinação e medicamento de uso crônico
Com a chegada do outono e as temperaturas mais baixas, é comum que o índice de crianças gripadas aumente. Como muitos sintomas da COVID-19 são de síndrome gripal— como febre, dor no corpo, coriza, tosse — mais do que nunca é importante manter a carteirinha de vacinação dos pequenos em dia. “A preferência, quando possível, é que a vacinação seja feita em casa. Mas o principal, é que todas as vacinas sejam feitas, incluindo a da gripe”.
No caso de crianças que fazem uso de remédios, como corticoides inalatórios, nasais e até mesmo via oral, a recomendação é que sejam mantidos, sem alteração da dose ou frequência. “Até o momento é mais arriscado ter uma doença sem controle do que ter uma doença bem controlada usando esses medicamentos, por isso é muito importante que não interrompam o uso”.
Cuidados com a amamentação
Ainda não existem evidências de transmissão da mãe para o bebê, ou registro de contaminação por meio do leite materno. Por isso, o aleitamento deve continuar. Por outro lado, algumas medidas de proteção devem ser tomadas pela mãe: usar máscara e lavar bem as mãos antes e depois da amamentação são recomendações indispensáveis. “O benefício do aleitamento é maior do que o risco da criança ser infectada”, conclui. No caso de recém-nascidos, a orientação é evitar receber visitas. Caso não seja possível, todos devem utilizar máscaras e procurar não beijar ou abraçar a criança. Lembrando que pessoas que estejam com algum sintoma não devem visitar bebês pequenos.”