Mesmo com o encerramento da campanha nacional contra a gripe, Curitiba seguirá vacinando enquanto durarem os estoques da vacina Influenza, seguindo a orientação do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. Atualmente, há 275 mil doses em estoque na capital paranaense.
“Com as temperaturas cada vez mais baixas, a proteção da vacina da gripe se faz ainda mais necessária, principalmente para a população mais vulnerável. Quem ama, vacina!” reforça a secretária municipal da Saúde, Beatriz Battistella.
A vacina da gripe está disponível para todos com 6 meses ou mais, que ainda não receberam nenhuma dose este ano. Embora a vacinação esteja aberta à toda a população, a imunização é ainda mais importante para os públicos considerados mais vulneráveis para o agravamento da doença, tais como: pessoas com 60 anos ou mais, crianças de 6 meses a menores de seis anos, gestantes e puérperas (mulheres que tiveram filho até 45 dias), uma população de cerca de 430 mil pessoas em Curitiba. A cobertura vacinal desse público prioritário atingiu somente 42,2% neste ano (181 mil doses aplicadas), sendo que a meta do Ministério da Saúde é alcançar 90% de cobertura vacinal.
No total, Curitiba aplicou 361 mil doses da vacina Influenza em 2024. A campanha nacional foi iniciada em 25 de março para os públicos prioritários e em 2 de maio foi liberada para todos os públicos acima de seis meses de idade.
A vacina contra a gripe oferecida pelo SUS é trivalente e protege contra a cepa da influenza B, influenza A H1N1 e influenza A H3N2. A vacina é contraindicada para menores de 6 meses e também para pessoas que tiveram reação anafilática grave em doses anteriores.
Síndromes respiratórias
O número de atendimentos por síndromes respiratórias nos serviços de saúde de Curitiba vem aumentando gradativamente nos últimos meses. De janeiro a maio, foram atendidas 311.430 pessoas nas Unidades de Saúde e nas UPAs de Curitiba com sintomas respiratórios.
As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) totalizaram quase 200 mil atendimentos de síndromes respiratórias nos primeiros cinco meses de 2024. Nos últimos dias de maio, foram realizados uma média diária de 3,4 mil atendimentos nas UPAs, sendo que quase 40% eram decorrentes de sintomas gripais, como tosse, dor de garganta, febre, falta de ar, entre outros.
De janeiro a maio deste ano, Curitiba internou 1.683 pessoas por síndrome respiratória aguda grave (Srag), sendo que 245 internações foram em decorrência do vírus Influenza, que culminaram em 18 óbitos, a maioria nos últimos dois meses: nove em abril e sete em maio.
“Temos vacina disponível para evitar os casos graves de gripe e não podemos ignorar o clima que favorece a circulação dos vírus respiratórios”, alerta a secretária, recomendando que as pessoas busquem o quanto antes se proteger com a vacina.
Onde se vacinar
Quem ainda não buscou a proteção contra a gripe, pode procurar uma das 107 unidades de saúde de Curitiba para se vacinar. A Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, no Centro da cidade, é a única que não vacina crianças. Todas as demais vacinam todos os públicos.
A vacina está disponível das 8h até o horário de fechamento das unidades, mas o ideal é chegar pelo menos 15 minutos antes do fechamento para receber sua dose. Os endereços e horários de funcionamento podem ser conferidos no site Imuniza Já.
Vacina anticovid
Também está disponível nas Unidades de Saúde a nova vacina contra a Covid-19, Spikevax monovalente da Moderna, que foi atualizada para proteger contra a subvariante da Ômicron XBB 1.5, disponível para aplicação semestral ou anual para públicos prioritários, de acordo com recomendações do Ministério da Saúde.
As pessoas que têm direito à vacina anticovid e ainda não receberam a dose em 2024 também podem receber a dose contra a gripe no mesmo dia.
Público prioritário para dose de reforço semestral da vacina anticovid
- Pessoas com 60 anos ou mais
- Gestantes e puérperas (mães que tiveram filho há até 45 dias)
- Imunocomprometidos com cinco anos ou mais
Público prioritário para dose de reforço anual da vacina anticovid
- Trabalhadores da saúde
- Pessoas em situação de rua
- Pessoas com comorbidades com cinco anos ou mais
- Pessoas com deficiência permanente com cinco anos ou mais
- Indígenas, ribeirinhos, quilombolas com cinco anos ou mais
- Moradores e funcionários de instituições de longa permanência
- Pessoas privadas de liberdade, jovens cumprindo medida socioeducativa e funcionários do sistema de privados de liberdade