Ser um dos carros-chefes de uma das cervejarias mais respeitadas no mundo não é para qualquer rótulo. Não à toa, a Brooklyn Lager, lançada na década de 90, ainda é uma referência quando o assunto são cervejas de qualidade que atendem praticamente a todos os gostos. Até por isso, é uma das campeãs de vendas da cervejaria situada no bairro homônimo de Nova York em todo o mundo. Quase 30 anos depois da criação da Brooklyn Lager, a marca norte-americana decidiu ampliar ainda mais sua atuação no Brasil: o rótulo começa a ser vendido em lata, seguindo uma tendência iniciada no mesmo ano pela Brooklyn East Ipa.
“Há uma visão, cada vez mais desmistificada, que as melhores cervejas artesanais vêm em garrafas. Mundialmente, no entanto, é muito comum ver grandes cervejarias optando pela lata: além de ser mais prática para transporte, o formato também preserva mais o frescor e as propriedades da bebida” explica Iron Mendes, CEO da Brooklyn Brasil e da cervejaria curitibana Maniacs, responsável pela produção dos rótulos da empresa norte-americana no país – através de um meticuloso e criterioso processo de controle de qualidade em parceria com a equipe de NY para garantir a preservação do sabor único das cervejas da marca.
Entre as características principais da Brooklyn Lager chama a atenção sua coloração mais escura, seu amargor e, é claro, seu aroma robusto. Historicamente, isso também tem um motivo: o movimento das cervejas artesanais nos EUA foi, também, uma resposta às cervejas comerciais leves e claras que dominavam o mercado à época. Neste contexto, a Brooklyn foi revolucionária ao apresentar sabores que contrastavam com o que era antes comum nas prateleiras.
No Brasil, a versão em lata da Brooklyn Lager já está disponível em supermercados e casas especializadas. “Com a versão em lata, passamos a ter os dois rótulos mais vendidos da Brooklyn – East IPA e Lager – disponíveis neste formato para os nossos clientes”, conta Iron.
3º maior produtor mundial, Brasil abre espaço para crescimento das latas
O mercado de cerveja artesanal tem crescido, no Brasil, em média 20% ao ano, mas ainda representa uma share tímido da ordem de 3% a 4%. Segundo pesquisa do Sebrae/PR em parceria com a Procerva, dentro deste nicho apenas 6% optam pelo envase em lata. Na prática, segundo Mendes, isso tem explicação: os altos volumes necessários para este tipo de envase.
“Para produzir em lata, é necessário ter um grande volume envolvido, para viabilizar a operação financeiramente. Como o mercado brasileiro de cervejarias artesanais ainda é jovem, a venda em chope, garrafas e growlers ainda é muito mais popular. Mas isso está mudando já que o público está se habituando cada vez mais a consumir cerveja artesanal, o que reflete no crescimento das cervejarias artesanais independentes. É o nosso caso”, afirma o CEO da Brooklyn e da Maniacs.