Muitos motoristas acreditam que existem, no Brasil, radares que verificam a velocidade média (percorrida entre dois pontos), e aplicam multas por excesso de velocidade por conta dessa medição. Contudo, isso não é verdade.
Atualmente, estes radares só operam no Brasil em caráter experimental, ou seja, sem aplicação de multa aos motoristas.
Para que estes radares entrem em operação, seriam necessárias adequações legislativas, sem previsão para que isso aconteça.
Hoje, os radares só capturam e multam quem passar acima da velocidade permitida em um ponto da rodovia, onde o equipamento foi instalado.
No caso da velocidade média, dois radares são instalados no início e no final de um trecho da via. O radar vai marcar a entrada do veículo no trecho e sua velocidade.
Quando o veículo passar pelo segundo radar, o sistema vai registrar quanto tempo levou para percorrer a distância e calcular a sua velocidade média no trecho. Se a velocidade média for maior que a permitida na pista, o veículo é multado.
Em maio deste ano, a Polícia Rodoviária Federal no Paraná (PRF) sediou um evento que discutiu o tema.
Segundo a PRF, o controle de velocidade média é adotado em 16 dos 27 países da União Europeia; a tecnologia existente para esse tipo de fiscalização eletrônica existe há décadas no Brasil, e tramitam diversos projetos de lei sobre a matéria no Congresso Nacional.
A proposta visa reduzir acidentes em trechos críticos, como serras com alto índice de acidentes. Em geral, os países que adotaram a forma de fiscalização registraram expressivas reduções de acidentes e m0rtes.
Estudos demonstram que, na Espanha, o sistema entrou em operação em 2010, com uma redução superior a 45% nas m0rtes em estradas interurbanas após a implementação.
Qual sua opinião? Concorda com esse tipo de fiscalização no Brasil?
Conteúdo elaborado por Walber Pydd, advogado especialista em trânsito da CWB Multas, saiba mais clicando aqui.