Lótus, Kira e Loba viveram uma grande história na Companhia de Operações com Cães (COC) do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) ao longo de quase 9 anos de atividade. Os cães, da raça Pastor Belga Malionis e Pastor Alemão, encerraram o período de serviço e agora seguem para a reserva, adotados pelos policiais militares com quem trabalharam por anos. Juntos, os três cães auxiliaram na apreensão de mais de 2 toneladas de drogas e representaram a Corporação em grandes operações estaduais e nacionais.
Os cães são especialistas em detecção de drogas e foram treinados desde filhotes para desenvolverem suas habilidades em prol do combate ao crime. O Comandante da COC, capitão Gustavo Dalledone Zancan, destaca que depois de anos de operações e ações nas ruas, chegou a hora do merecido descanso para o trio. A Companhia organizou uma pequena cerimônia e inaugurou uma nova galeria de herois caninos, tendo como primeiros homenageados Lótus, Kira e Loba.
“Agora ele vão para lugares com espaço, terão um afago das famílias que os adotaram. Para nós, é muito especial esse momento e nada mais justo do que fazermos esta despedida oficial. Isso não significa que não possam voltar ao quartel, mas agora o compromisso deles é com o descanso e poder aproveitar os últimos anos da vida”, disse.
A trajetória de Loba na Polícia Militar começou em 2010 e, desde pequena, já demonstrava o talento para o faro de drogas, tanto que é a mãe de dois cães muito apreciados na companhia (Flecha e Zica), que possuem as mesmas habilidades para o trabalho policial da cachorra. Ela participou de cursos e seminários, sendo o primeiro cão formado no BOPE no 1º Curso de Cinotecnia da unidade, em 2016.
“Foi muito gratificante participar da formação da Loba porque é uma cadela muito dócil e muito boa de trabalho, então ao longo desse período conseguimos lograr êxito em localizar bastante entorpecente em apoio às instituições como Polícia Federal, Rodoviária Federal e a própria Polícia Militar”, destacou o cabo Marcos Aurélio de Souza, que foi o treinador da cadela.
Kira e Lótus também nasceram em 2010 e são irmãos. O alto desempenho dos cães contemplou o cabo Marcos Sousa e Kira para atuar pela Força Nacional em 2012 na Operação Enafron Brasil, atuando no faro de drogas na divisa entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
Várias apreensões ocorreram graças ao trabalho de Kira, que renderam posteriormente um elogio individual do Comando da Força Nacional à equipe do Canil do BOPE. “Agora ela terá um merecido descanso, cumpriu uma missão muito nobre enquanto atuava na Companhia, com certeza fez história”, destacou o soldado Charles Robert de Almeida, atual condutor de Kira e que a adotou.
Lótus acompanhou o soldado Alexandre Alves de Souza em diversas operações policiais e foi o cão responsável por participar da formação de novos policiais militares cinotécnicos. Atualmente, Lótus é o cão de faro da Polícia Militar com mais apreensões em todo o Paraná. Somente em uma ocorrência, foi ele quem localizou uma carga de 600 quilos de maconha.
A ação dos cães policiais causa temor aos traficantes que insistem em fazer a venda de drogas. Segundo o soldado Alves, as características físicas dos animais superam a criatividade dos criminosos em esconder as drogas. “Os cães conseguem encontrar as drogas e resolvem situações impossíveis para o ser humano com a ferramenta do faro dele”, explica.