Nesta terça-feira (08) uma mulher acusada de matar o próprio filho, de 2 anos, está sendo julgada. O crime aconteceu em fevereiro de 2020. Ela na época alegou que a criança se machucou ao cair de um banco, mas a necropsia apontou que as lesões eram incompatíveis com uma queda.
A mulher foi presa em 13 de abril de 2020. O delegado que investiga o caso relatou na época, que o menino em uma das ocasiões, havia sido deixado de castigo de joelhos no quintal de casa, durante a noite toda. Quando a avó o encontrou e o questionou, ele relatou que a mãe havia deixado-o para fora. Em razão de agressões recorrentes, o menino tinha dificuldades para comer e evacuar, e ainda era punido por chorar de dor.
O laudo da necrópsia apontou que o menino morreu em decorrência de um choque distributivo, consequente de uma perfuração intestinal devido a traumatismo abdominal por instrumento contundente. A perfuração pode ter sido causada por socos ou chutes, por exemplo. Já a mãe nega.
Testemunhas relataram que o menino era constantemente agredido pela mãe, e que antes de morrer, ele sofreu por três dias. As informações dão conta de que ela agredia o menino sempre que era desagradada pelo pai da criança. Ela chegou a dizer para familiares que a criança deveria morrer.
O júri popular que começou as 9h40 desta terça-feira é formado por um conselho com sete jurados, 5 homens e duas mulheres. Quatro testemunhas de acusação e três de defesa deverão ser ouvidas.
A acusação é de homicídio triplamente qualificado. Motivo torpe porque dava castigos para a criança como represália ao pai do menino. Motivo cruel, por causa das constantes agressões. E recurso que dificultou a defesa da vítima, decorrente da força usada por ela em relação a criança.
O pai não foi preso mas está sendo investigado, assim como a avó paterna.
O caso foi registrado em Montes Claros, MG.