O delegado que investiga o caso apelidado na internet de “Marmitagate”, que investiga o projeto Alimentando Necessidades, disse que “Taynara Motta” não existe.
A Polícia Civil relatou que o perfil do Twitter que se apresentava como coordenadora do projeto Alimentando Necessidades junto com Eduarda Poleza, é falso.
Delegado Felipe Orsi, responsável pelo caso, fala sobre Taynara Motta e investigações. pic.twitter.com/f5fWFOCAeO
— O Município Blumenau Ⓜ️ (@omunicipioblu) October 13, 2022
Um fato que chama a atenção é que depois que o projeto começou a ser investigado por internautas, um vídeo foi publicado no perfil do projeto, de “Taynara Motta” para “comprovar sua existência”. Esse vídeo foi deletado da rede social. Eduarda Poleza também chegou a compartilhar um print de Whatsapp no Instagram do projeto, onde supostamente estaria falando com Taynara, para também “comprovar que Taynara existia”.
Faz um vídeo normal pelo amor de Deus e me diz o que é esse efeito aqui ? Que voz alterada do efeito é essa ? Pra que isso ? pic.twitter.com/pGQt5Ivsf7
— Rodrigo Moreira (@RodrigoM0R3iRA) September 26, 2022
Entenda o caso
A Polícia Civil informou que duas pessoas da mesma família investigadas como as responsáveis pelo projeto Alimentando Necessidades, foram ouvidas. As duas além de prestarem depoimento ainda apresentaram notas fiscais de compras de alimentos e extratos bancários de valores recebidos através de doações.
A Polícia Civil relatou que tudo que foi entregue será checado, e que no último mês foram recebidos cerca de 30 mil reais em doações. Ainda segundo a polícia, são pelo menos 100 vítimas. Pessoas que moram na região de Blumenau e registraram boletim de ocorrência já foram chamadas para prestar depoimento.
No TikTok Eduarda Poleza postou um vídeo dizendo que foi até a delegacia depor, e que finalizou o projeto Alimentando Necessidades e que o dinheiro está bloqueado, e que quando for liberado, ela irá dar um destino que será publicado nas redes sociais.
O delegado que investiga o caso, disse que irá checar as informações dadas por ela, entretanto ele disse que não solicitou à Justiça o bloqueio de contas e que vai averiguar essa informação. Ele disse que além da polícia apenas a responsável pela conta pode solicitar a restrição de movimentações.
Marmitagate como é chamado o caso foi nomeado assim por conta de uma hashtag no Twitter. Após grande repercussão na rede social sobre o suposto golpe, a Polícia Civil iniciou uma investigação para apurar o caso. As suspeitas começaram a aparecer após Eduarda e Taynara, que seriam as donas do projeto, viralizarem diversas vezes em poucos dias, com histórias, sempre finalizando as threads com o PIX do projeto.
A Prefeitura de Blumenau, onde o projeto social ocorreria e a Assistência Social da cidade disseram que o projeto não é cadastrado na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, e nem recebe auxílio da prefeitura. A Arquidiocese de Blumenau relatou que não tem conhecimento do projeto na cidade.