O Ministério da Saúde declarou, nesta sexta-feira (20), o reconhecimento da transmissão comunitária do coronavírus (Covid-19) em todo o território nacional. Isso significa que todo o Brasil deve se unir contra o vírus.
É fato, que nem todas as regiões apresentam o mesmo nível de transmissão. A região norte, por exemplo, até o momento, tem 1,6% do total de casos do Brasil. Nem por isso, a população dessa região deixará de participar do esforço coletivo que passa a ser adotado pelos brasileiros.
Em termos práticos, a declaração é um comando do Ministério da Saúde para que todos os gestores nacionais adotem medidas para promover o distanciamento social e evitar aglomerações, conhecidas como medidas não farmacológicas, ou seja, que não envolvem o uso de medicamentos ou vacinas.
Todos os países da Ásia e da Europa, como a Itália, por exemplo, estão conseguindo enfrentar a epidemia e evitar que mais pessoas adoeçam e tenham que ficar internadas, por meio de medidas simples como o isolamento domiciliar de pessoas com sintomas respiratórios por 14 dias. São sintomas respiratórios febre, tosse, dor de garganta ou dificuldade para respirar.
Quando uma pessoa apresenta esses sintomas, o médico irá prescrever o isolamento e emitir o atestado para o doente e todas as pessoas que residem no mesmo domicílio, mesmo que não estejam doentes, também permaneçam em isolamento domiciliar por 14 dias, conforme a Portaria Nº 356 de 11 de março de 2020.
“Essa portaria é muito importante, pois reforça a necessidade de proteção das pessoas com mais de 60 anos de idade, pois são as mais vulneráveis, restringindo seus deslocamentos para realização de atividades estritamente necessárias, evitando transporte coletivo, viagens e eventos ou qualquer outra atividade com concentração próxima de pessoas. Essa é uma das ações mais importantes”, explica o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.
O Ministério da Saúde esclarece que essas medidas são passageiras e, em breve, retornaremos à normalidade. “Não há motivo para preocupação exagerada e a participação de todos demonstrará o quanto o nosso país é forte”, destaca Wanderson Oliveira.
Como estamos no início da epidemia, na próxima segunda-feira, dia 23 de março, iniciará a campanha de vacinação contra influenza. A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para coronavírus, já que os sintomas são parecidos.
Os governos dos estados e municípios estão preparando uma série de medidas para evitar aglomerações nos postos de saúde. Em vários locais, farmácias e praças serão utilizadas para dar maior capilaridade e acesso ao público da primeira etapa que são as pessoas com 60 anos ou mais e profissionais de saúde. “Se você faz parte de um desses grupos, não deixe de participar e se informe com a secretaria de saúde de seu município antes de sair de casa, para que você possa colaborar com a estratégia”, recomenda o secretário de Vigilância em Saúde.