Robert Redford, um dos maiores nomes da história do cinema, morreu nesta terça-feira, 16 de setembro de 2025, aos 89 anos, em sua casa em Sundance, Utah, Estados Unidos. Ídolo de uma geração, marcou décadas como ator, diretor, ativista e fundador do Festival de Sundance, que se tornou um dos principais espaços de valorização do cinema independente no mundo.
Redford atravessou diferentes fases da indústria: foi galã romântico, herói de ação, protagonista de filmes políticos e, mais tarde, diretor premiado com o Oscar por Gente como a Gente (Ordinary People, 1980). A carreira que construiu reflete tanto o charme da era de ouro de Hollywood quanto a inquietude de um artista comprometido com histórias de impacto e relevância social.
Entre os trabalhos que o consagraram estão Butch Cassidy e Sundance Kid (Butch Cassidy and the Sundance Kid, 1969), em que formou dupla inesquecível com Paul Newman; Golpe de Mestre (The Sting, 1973), mistura de comédia e trapaça que virou clássico imediato; e Todos os Homens do Presidente (All the President’s Men, 1976), em que deu vida ao jornalista Bob Woodward no filme que eternizou o poder da imprensa no caso Watergate. Nos anos 1990, brilhou em O Encantador de Cavalos (The Horse Whisperer, 1998), que também dirigiu. Já em 2013, surpreendeu com a atuação minimalista em Tempo de Despertar (All Is Lost, 2013), praticamente sozinho em alto-mar, provando talento artístico mesmo na maturidade. E em 2018, em O Velho e a Arma (The Old Man & the Gun, 2018), entregou uma despedida das telas.
Seus papéis, no entanto, são apenas parte do legado. Redford será lembrado também como defensor do meio ambiente e incentivador de novas vozes do cinema por meio do Sundance Institute. Com visão e influência, ajudou a lançar carreiras de cineastas independentes que moldaram o cinema contemporâneo.
A morte de Redford deixa uma lacuna na cultura mundial. Entre clássicos inesquecíveis e personagens que atravessam gerações, sua filmografia permanece viva como testemunho de um artista completo, que soube unir talento, engajamento e sensibilidade. Rever obras como Todos os Homens do Presidente, Golpe de Mestre, Butch Cassidy e Sundance Kid, Gente como a Gente ou Tempo de Despertar é a melhor forma de prestar homenagem a uma lenda que mudou a forma de se fazer cinema.
Conteúdo elaborado por Francine de Souza, jornalista especialista em comunicação audiovisual. Dúvidas, críticas, elogios ou sugestões: @francinedesouza.jor.psi.adv