Foi oferecida denúncia pelo Ministério Público de Minas gerais contra a clínica veterinária Cuidado Animal (Animed), contra dois médicos veterinários e mais 11 pessoas sob acusação de maus-tratos animais, estelionato e descarte irregular de lixo infectante.
As informações do G1 são de que a clínica fazia retirada de sangue de animais levados para banho e tosa, sem autorização. Eles posteriormente vendiam este sangue. Também eram prescritos medicamentos desnecessários e dados diagnósticos falsos para justificar internações desnecessárias.
A clínica era alvo de investigação desde 2019, após um descarte irregular de lixo infectante. Depois, a polícia descobriu que a clínica agia no sentido de ludibriar os tutores de animais para obter vantagem.
Dentre os diversos crimes praticados pelos denunciados estão, segundo o MPMG:
- A retirada de sangue de animais levados para banho e rosa, sem autorização dos tutores, para vender;
- Postergação de comunicação ao tutor sobre a morte do animal na clínica, para poder estender a internação, trazendo custo maior ao tutor;
- Simulação de procedimentos em animais que já estavam em óbito;
- Prescrição de medicamentos que não eram necessários, uso de medicamentos proibidos, vencidos e com embalagem adulterada;
- Descarte irregular de lixo infectante para economizar com coleta especializada;
- Realização de cirurgia sem autorização do tutor;
- Ocultação de erros cometidos no atendimento dos animais;
- Congelamento de animal morto com descongelamento posterior para simular que o animal havia acabado de morrer;
- Diagnósticos falsos para justificar internações e tratamentos desnecessários
Segundo a denúncia da Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente de Nova Lima e da Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna (Cedef), a Animed “foi constituída e era utilizada para o cometimento de crimes, visando à obtenção de lucro, o que causava sofrimento aos animais atendidos e aos seus tutores, que, em momento de vulnerabilidade, faziam e pagavam o que fosse preciso para salvar os animais”.
O Ministério Público ainda pede que haja suspensão do exercício profissional médico veterinário dos sócios da clínica. O Conselho Regional de Medicina Veterinária informou que os donos da clínica estão proibidos de atender pacientes. Já a defesa diz que os clientes são vítimas de denúncias falsas.
O caso foi registrado em Minas Gerais.