Nesta terça-feira (22/4), é comemorado o Dia Mundial da Terra e para marcar a data a Escola Municipal de Sustentabilidade, no Bosque Zaninelli, no Pilarzinho, realizou uma Oficina de Terrário. Os terrários são ecossistemas em miniatura, confeccionados geralmente em recipientes de vidro ou plástico transparente, que reproduzem um ambiente natural com plantas.
A bióloga Clarice Dorocinski, da Escola de Sustentabilidade coordenada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMMA), explicou que a oficina é ofertada mensalmente de forma gratuita. Os interessados podem se inscrever através do Guia Curitiba. O material é também fornecido gratuitamente para os participantes.
“Para fazer um terrário, a gente coloca todos os elementos necessários para a vida. Porém, se a gente exagerar algum ingrediente, vai causar um desequilíbrio. Então é isso que é preciso observar. Se a gente conseguir fazer certinho, colocar ali a quantidade de terra, pedra, águas, nutrientes necessários para a planta sobreviver, ela vai se sustentar e vai ter a vida dentro do terrário”, disse Clarice.
Criando a vida
Os terrários podem ser abertos ou fechados com tampa. No caso dos fechados, a rega é feita somente uma vez porque o sistema trata de gerenciar e reproduzir a água que necessita, através do processo de evaporação e precipitação, como ocorre na natureza. Já os terrários abertos necessitam de rega periódica.
Auxiliada pela estagiária Gabriela Adriano, a bióloga demonstrava na prática a criação de um terrário adicionando os elementos em um recipiente de plástico transparente, citando que qualquer pessoa pode fazer.
“São poucos elementos para ter a vida: basta ter água, solo e luz. É preciso ter esse compromisso de tentar equilibrar esses elementos dentro do terrário e cuidar, ver como estão as condições, se elas estão acontecendo como acontece naturalmente na Terra, no nosso planeta”, explicou a bióloga.
Passo a passo do terrário
Para montar um terrário, a primeira coisa é ter um recipiente limpo, do tamanho desejado, de vidro ou plástico.
A primeira camada, que fica no fundo, deve ser de pedra brita para fazer a drenagem da água. Em seguida, uma parte de areia e, por último, o substrato, que é a mistura de terra e húmus.
A escolha das plantas também é importante para garantir o equilíbrio do ecossistema. “Se colocar uma suculenta nesse ambiente ela provavelmente vai morrer, porque a característica dessa planta é armazenar água. O ideal é colocar em recipientes abertos”, ensinou.
Na Escola de Sustentabilidade, a colheita das plantas é feita nos arredores. A preferência é por plantas de pequeno porte, como a quebra-pedra roxa, musgo e espécies de briófitas e pteridófitas, que preferem ambientes úmidos.
Feita a base, é só aplicar as plantas, fazer a rega e fechar vidro. De acordo com Clarice, a rega não deve ser feita excesso, já que geralmente só se molha uma vez um terrário. O sistema se retroalimenta, as plantas fazem a fotossíntese e a água existente se renova com o processo de evaporação e precipitação.
Diversão e aprendizado
Quem aprendeu a montar terrários brincando foram as crianças Elis Andrade Carvallho, 7 anos, e o amiguinho Joaquim Laperuta, 6. Elis ficou muito entusiasmada com ideia de poder levar para casa um miniecossistema.
“Eu gosto muito de natureza e também gosto de terra, apesar que suja as mãos, mas é muito legal. Vou cuidar muito bem do meu terrário”, disse a menina.
Joaquim também ficou empolgado com a experiência. “Vou levar para minha casa e cuidar com carinho”, disse.
Terrários, trilha e abelhas sem ferrão
De acordo com a bióloga Clarice, as oficinas de terrário acontecem uma vez por mês e são divulgadas no Guia Curitiba. As inscrições são gratuitas.
Também mensalmente, a Escola de Sustentabilidade oferece a programação da Trilha do Bosque Zaninelli. São admitidos até 40 participantes por vez, mediante agendamento pelo Guia Curitiba. Além de percorrer a trilha também são realizadas atividades em sala de aula.
No Dia Mundial da Abelha, comemorado em 23 de maio, a Escola de Sustentabilidade vai sediar uma palestra, das 14h às 16h, sobre o tema a Importância Ecológica das Abelhas: ênfase nas abelhas sem ferrão. A inscrição pode ser feita através do Guia Curitiba.