A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu um homem, de 45 anos, em flagrante pelo crime de posse ilegal de munições de calibre permitido. A captura aconteceu na manhã desta terça-feira (9), em Umuarama, no Noroeste do Estado.
A ação aconteceu durante o cumprimento de dois mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Poder Judiciário de Umuarama, no âmbito de investigação policial que apura os crimes de estelionato e lavagem de dinheiro praticados por meio de uma empresa de energia sustentável.
Durante as buscas, houve apreensão de diversos documentos e do celular do investigado, dono da empresa. Os itens passarão por análise pericial a fim de coletar elementos que auxiliem o andamento das investigações.
Os policiais também localizaram duas armas de fogo calibre .380, além de quatro munições calibre .38. O investigado não possui autorização legal para a posse de munições de calibre permitido, por isso foi autuado em flagrante.
Após os procedimentos de polícia judiciária, foi arbitrada fiança no valor de R$ 2 mil, que foi recolhida e o homem foi colocado em liberdade.
INVESTIGAÇÃO – Conforme o delegado da PCPR Gabriel Menezes, as investigações tiveram início no dia 5 de maio deste ano, com o registro de boletim de ocorrência pela vítima, moradora do município de Maria Helena.
Segundo o relato, em janeiro de 2024 ela assinou um contrato de compra de duas usinas de energia fotovoltaicas e outro de arrendamento dessas usinas e da energia gerada.
O proprietário da empresa lhe apresentou o modelo de negócio pessoalmente, prometendo que as usinas renderiam mensalmente o valor de R$ 8 mil ao longo de oito anos.
Para instalação das usinas seria realizado um financiamento bancário, cujas parcelas seriam custeadas pela própria empresa contratada. A vítima foi orientada pelo investigado a assinar uma proposta de compra das usinas e uma autorização para verificação de crédito.
Nesse contexto, dias depois, a vítima foi surpreendida com a celebração de um contrato de empréstimo de crédito rural e seu nome no município de Paranavaí, no valor de R$ 1,2 milhão.
Segunda a vítima, ela não foi previamente informada a respeito da contratação desse crédito. Além disso, não houve a instalação das usinas prometidas e nem as parcelas foram quitadas pelo investigado, o que gerou a negativação do nome da vítima e risco de perda do seu patrimônio pessoal para pagamento da dívida.
“Durante as investigações, a PCPR apurou a existência de vários outros boletins de ocorrência registrados em desfavor do suspeito e sua empresa, narrando exatamente o mesmo golpe”, explica o delegado.
Diante dos fatos, os materiais colhidos durante a operação de hoje serão analisados e as investigações prosseguem a fim de apurar os fatos por completo.
“A Polícia Civil orienta a todos que tiveram prejuízos semelhantes que procurem a unidade policial mais próxima para registro de ocorrência”, completa.