A Polícia Militar Ambiental, com apoio da Guarda Civil Municipal (GCM) em uma das ações, desmantelou arenas clandestinas de rinha de galos em Ponta Grossa e Guarapuava entre a noite de sexta-feira (22) e sábado (23). As operações resultaram em R$ 240,5 mil em multas, 54 animais resgatados, quatro armas de fogo apreendidas e quatro prisões em flagrante por crimes diversos.
Ponta Grossa
Em uma chácara localizada às margens da BR-373, na região da Avenida Souza Naves, a GCM flagrou a prática ilegal envolvendo dezenas de pessoas. A maior parte conseguiu fugir por uma área de mata, mas 15 pessoas foram autuadas.
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Quatro foram multadas em R$ 52 mil cada, por expor os animais;
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Onze receberam multas de R$ 1,5 mil por participarem como espectadores.
No local havia ringues improvisados, esporas metálicas e de plástico, medicamentos veterinários e 26 galos feridos, alguns em situação crítica. Um animal foi encontrado morto.
Guarapuava
No distrito de Entre Rios, policiais encontraram três arenas de combate dentro de uma chácara, onde 41 pessoas — entre elas, até uma criança — acompanhavam as disputas. Foram localizados 28 galos, sendo um morto e os demais lesionados.
Segundo a corporação, a estrutura era precária, mas havia sinais de organização, como cronômetros e árbitros. Todo o material típico da prática foi apreendido e posteriormente destruído.
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36 pessoas foram multadas em R$ 1,5 mil cada;
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O proprietário da chácara foi autuado em R$ 61 mil;
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O organizador do evento recebeu multa de R$ 57 mil.
Prisões e apreensões
Durante a ação em Guarapuava, quatro pessoas foram presas:
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Um homem tentou descartar uma pistola calibre 9mm com 11 munições ao perceber a chegada da polícia;
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Outro foi flagrado com um revólver calibre .38 com numeração suprimida;
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O dono da chácara possuía duas espingardas e munições sem registro;
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Em uma caminhonete foram encontrados 80 kg de cobre sem comprovação de origem, configurando crime de receptação.
Todos os detidos foram encaminhados à delegacia junto com os materiais apreendidos.
Animais resgatados
Os galos foram retirados das propriedades e permanecem sob responsabilidade dos autuados como fiéis depositários, até decisão judicial.
A Polícia Civil segue investigando para identificar a origem dos animais, o possível esquema de apostas e a participação de outros envolvidos.