Um dos policiais baleados por criminosos formemente armados em uma ação que aterrorizou moradores de Guarapuava, no hospital contou detalhes da ação.
Após o ataque que contou com no mínimo 40 criminosos iniciar, os três policiais do CANIL se prepararam e saíram do batalhão para o enfrentamento. O que eles não imaginavam é que vários dos criminosos estavam a espera do lado de fora do batalhão armados com fuzis calibre .556, .762 e .50. A viatura não chegou a andar 10 metros quando foi atingida por dezenas de disparos.
Um dos policiais identificado por Ricieri Chagas foi atingido no rosto por um disparo. Outro policial identificado por Bonato foi atingido na perna esquerda que causou uma fratura exposta. O condutor acelerou e conseguiu jogar a viatura para trás do batalhão. Os criminosos continuaram atirando contra a equipe composta apenas por três policiais.
Bonato desembarcou da viatura sem saber ainda que havia sofrido uma fratura exposta na perna e acabou caindo no chão. Ele conseguiu rastejar até uma mata onde se abrigou e trocou tiros com o marginal. Na mata ele conseguiu aplicar um torniquete na perna para conter a hemorragia.
Outro policial militar identificado por Wendler mesmo com a viatura parcialmente destruída pelas dezenas de disparos e sem um dos pneus, conseguiu dirigir até o hospital para socorrer o policial militar Ricieri Chagas, ferido no rosto em estado grave.
Enquanto isso Bonato seguiu no matagal trocando tiros com os marginais. Pelo rádio ele pediu apoio e diversas viaturas foram até o local e trocaram tiros com os marginais. Um policial militar da Companhia de CHOQUE que estava de férias, conseguiu pular o muro pelos fundos do batalhão da Polícia Militar que estava sob ataque. Ele se armou e conseguiu efetuar diversos disparos nos veículos dos criminosos que eram blindados. Acredita-se que neste confronto eles podem ter sido baleados.
Bonato conseguiu ser resgatado e foi encaminhado consciente ao hospital de Guarapuava.
A ação dos criminosos foi frustrada e eles não conseguiram levar o dinheiro da empresa Proforte. Durante a fuga, dois veículos utilizados pela quadrilha colidiram e eles fugiram deixando vários fuzis e explosivos em uma estrada da zona rural de Guarapuava.
Um grande cerco policial foi montado na região.