A Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou aumento no número de acidentes, feridos e m0rtos em ocorrências envolvendo motocicletas nas rodovias federais do Paraná. No período, foram 833 acidentes com motocicletas em 2025, frente a 785 no mesmo intervalo de 2024 — crescimento de 6%. O total de feridos também aumentou, passando de 907 para 962, uma elevação de 6,1%.
O dado mais preocupante é o aumento no número de vidas perdidas: 45 pessoas m0rreram em acidentes com motocicletas neste ano, contra 37 no ano passado. O crescimento representa uma alta de 21,6% no número de m0rtes.
Nas rodovias federais do Paraná em 2025, quase 40% dos 2.296 acidentes registrados envolveram motocicletas.
Para a PRF, os acidentes de moto geram um pesado ônus social no Brasil, tanto em vidas perdidas quanto em gastos públicos. Além da tragédia humana, há custos diretos expressivos para o Sistema Único de Saúde (SUS) e impactos indiretos na economia e na Previdência Social decorrentes dessas ocorrências.
Estudos indicam que, em países de como o Brasil, os acidentes de trânsito consomem de 3% a 5% do PIB nacional – e como cerca de 60% dos sinistros viários envolvem motocicletas, o peso financeiro dos acidentes com motos para a sociedade brasileira é enorme.
O impacto na Previdência Social e na economia é igualmente significativo, pois acidentes de moto frequentemente resultam em afastamentos do trabalho (auxílios-doença) e até aposentadorias por invalidez para os sobreviventes, além de pensões por m0rte para dependentes das vítimas fatais.
Uma análise do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) estimou que apenas em 2014 os acidentes em rodovias federais geraram um custo social de R$ 12,8 bilhões – dos quais 62% estavam ligados às vítimas (despesas médicas, reabilitação e, principalmente, perda de produção econômica). Em outras palavras, além dos gastos em saúde, a sociedade arca com a perda de renda e de contribuição econômica daqueles que ficam incapacitados ou m0rrem precocemente em acidentes de moto.
Fonte: PRF.
Conteúdo elaborado por Walber Pydd, advogado especialista em trânsito da CWB Multas, saiba mais clicando aqui