Os policiais civis de todo o Paraná devem paralisar o atendimento à população por 24 horas, a partir das 8h desta sexta-feira (06). Com isso, além do atendimento ao público com a confecção de Boletins de Ocorrência, deverão ser interrompidos também os atendimentos nos postos do Instituto de Identificação. De acordo com o Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol), apenas os serviços de emergência serão mantidos no período, como flagrantes, medidas protetivas e situações de crimes contra a vida.
A paralisação havia sido acordada entre filiados do Sinclapol em assembleia geral realizada no último dia 3 de dezembro, como forma de pressionar os parlamentares estaduais pela reformulação parcial da PEC 16/19, que acabou aprovada nesta quarta-feira (04) pela Assembleia Legislativa do Paraná. A paralisação seria cancelada caso a paridade e a integralidade do salário dos policiais aposentados fossem incluídas na PEC, o que não aconteceu.
A presidente-interina do Sinclapol, Desiree Laroca Estevam, afirma que a paralisação de 24 horas é uma demonstração de insatisfação dos policiais civis quanto à postura do governo estadual diante das reivindicações da classe. “Estamos gradualmente perdendo direitos, como a licença prêmio e a integralidade da aposentadoria”, explica.
Para Desiree, o objetivo do sindicato é persuadir o governo a conceder a integralidade e a paridade de reajustes com servidores da ativa, nos mesmos parâmetros conquistados pela Polícia Civil de outros estados da Federação. “Entendemos que a segurança pública passa necessariamente pelo bem estar do policial, seja no reconhecimento por meio de uma remuneração digna, seja em estrutura laboral para que ele possa desenvolver um trabalho de excelência na proteção da sociedade”, afirma.