A Warner Bros. Pictures acumula sete indicações ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2020, distribuídas em três produções do estúdio. O brasileiro Hebe – A Estrela do Brasil, dirigido por Maurício Farias (de “A Grande Família: O Filme” e “Vai que dá certo”) e baseado na história da famosa apresentadora Hebe Camargo, é o grande destaque com cinco indicações, concorrendo nas categorias Melhor Longa-Metragem Ficção, Melhor Atriz com Andrea Beltrão como intérprete de Hebe, Melhor Roteiro Original pelo trabalho de Carolina Kotscho, Melhor Figurino, com assinatura de Antônio Medeiros e Melhor Maquiagem, por Simone Batata. A principal premiação do setor será realizada com homenagem coletiva aos profissionais da indústria e transmissão pela TV Cultura, no dia 10 de outubro.
O longa da Loma Filmes em coprodução com a Warner Bros. Pictures, 20th Century Fox, Globo Filmes, Hebe Forever e Labrador Filmes, traz ainda Inti Briones na direção de fotografia e a atriz Andrea Beltrão interpretando a rainha da televisão brasileira Hebe Camargo na década de 1980. O Brasil vive uma de suas piores crises e Hebe aparece na tela exuberante: é a imagem perfeita do poder e do sucesso. Ao completar 40 anos de profissão, perto de chegar aos 60 anos de vida, está madura e já não aceita ser apenas um produto que vende bem na tela da TV. Mais do que isso, já não suporta ser uma mulher submissa ao marido, ao salário, ao governo e aos costumes vigentes.
Entre o brilho da vida pública e a escuridão da dor privada, Hebe enfrenta o preconceito, o machismo, o marido ciumento, os chefes poderosos e a ditadura militar para se tornar a mais autêntica e mais querida celebridade da história da nossa TV: uma personagem extraordinária, com dramas comuns a qualquer um de seus milhões de fãs.
A atriz Andrea Beltrão, que deu vida a Hebe nos cinemas e na série de TV, revelou sua admiração pela apresentadora. “Eu me apaixonei muito radicalmente pela Hebe. Pela coragem de ser quem era ela, com todos os limites, com as dificuldades, com as inseguranças, falando muitas besteiras, errando muito, mas também não tendo vergonha de errar. Uma mulher que teve uma infância dificílima, muito, muito pobre, que foi arrimo de família durante muitos anos. Uma mulher que quis se casar, fez um aborto, sofreu, foi abandonada pelo cara que ela gostava, sempre foi super assediada, era tratada muitas vezes como uma mulher qualquer, uma mulher fácil”, conta Andréa.
Para Maurício Farias, que dirigiu o longa-metragem, “Hebe era uma pessoa agregadora, que buscava o diálogo para discutir, aprender, evoluir, para servir de reflexão sobre o que ela falava e os outros falavam. Uma mulher alegre, inteligente, forte, que viveu a frente do seu tempo, rompendo fronteiras num mundo machista. No momento em que o diálogo é fundamental para diminuir a polarização no mundo, em que o protagonismo das mulheres ganha cada vez mais força, Hebe é atualíssima. Seu enorme carisma e talento a tornou a maior apresentadora da história da televisão brasileira”.
O longa Coringa, ficção do diretor Todd Phillips, protagonizada por Joaquin Phoenix também está entre os indicados e concorre na categoria Melhor Longa-Metragem Internacional. A versão de Phillips sobre Arthur Fleck, interpretado de maneira memorável por Joaquin Phoenix, mostra um homem lutando para se integrar à sociedade despedaçada de Gotham.
Já na categoria Melhor Longa Metragem Ibero-Americano, o destaque vai para o longa argentino A Odisseia dos Tontos com direção de Sebastián Borensztein. Em uma cidade distante na província de Buenos Aires, durante a crise econômica, um grupo de moradores decide reunir a quantia de dinheiro necessária para comprar alguns silos abandonados em uma propriedade agroindustrial. Mas, mesmo antes de poderem executar o projeto, um golpe faz com que eles atinjam o fundo do poço e reajam diante da injustiça.