Como acontece há 13 anos, milhares de monstros voltaram a invadir as ruas do Centro de Curitiba, neste domingo (19/2), para brincar o carnaval alternativo do Zombie Walk. O bloco, que foi criado a partir de uma brincadeira entre amigos, saiu por volta do meio-dia da Boca Maldita, percorreu o calçadão da Rua XV de Novembro, e seguiu até a Praça Santos Andrade, onde foi montado um palco para shows de bandas de rock e apresentações de bailarinos com a música Thriller, de Michael Jackson.
O Bloco Zombie Walk, que se tornou uma das principais atrações do carnaval de Curitiba, é formado por crianças, jovens e adultos que se fantasiam e usam maquiagens assustadoras para brincar o carnaval. Este ano, apesar da chuva e do frio, 22 mil pessoas participaram da festa.
Personagens horripilantes
Criatividade foi o que não faltou aos integrantes do bloco. Mayara Mello, 34 anos, foi fantasiada de Demogorgon, personagem do seriado Stranger Things, uma criatura sem rosto, com uma enorme boca e uma espécie de flor no lugar da cabeça.
Essa foi a quarta vez que Mayara participa da festa, sempre acompanhada dda família e amigos. Ao lado da irmã Gabriela Yumi Jinno, 17 anos, que usou uma coroa de flores da Morte Mexicana, ela contou que não gosta do carnaval tradicional e que todos os anos se fantasia para se divertir no bloco.
Casamento
Alexandre Ferreira, 36 anos, e Daniela Regina Machado, 44 anos, foram à festa fantasiados de agentes da Umbrella Corps, personagens de um jogo de tiro, ambientado no famoso universo de Resident Evil, que foi parar nas telas do cinema.
Para o casal, o Zombie Walk é muito mais do que um carnaval alternativo. “Foi aqui no bloco que a gente se conheceu, em 2018, se apaixonou e há três meses estamos casados”, contou a catarinense.
Fúlvia Rocha, 52 anos, também participou do bloco acompanhada da filha Jaine, 30, e dos netos Adrian, 2, e Rafael, 7. Elas se divertem no bloco há 12 anos e contaram que não frequentam outros eventos carnavalescos. “O Zombie Walk é muito melhor, mais calmo e, com isto, podemos trazer as crianças”, disse Fúlvia, que se fantasiou junto com os netos para a festa.
Inspiração em filmes
Daniele Pereira Buge, 44 anos, foi ao bloco vestida como o palhaço Art, do filme recém lançado Terrifier 2, personagem que é ressuscitado por uma entidade maligna. Ela compôs a fantasia com uma lente especial e a cabeça de uma boneca de borracha, maquiada com sangue artificial. “Comprei essa boneca há sete anos, em um brechó, e todos os anos penso em uma fantasia que ela possa ser minha acompanhante”, contou.
Fã de rock, Daniele disse que espera o ano inteiro para se divertir no Zombie Walk.
Acompanhada de várias pessoas da família, Bruna Luísa de Abreu, 5 anos, foi ao bloco fantasiada de Pennywise, o horripilante palhaço dançarino de It: A Coisa, clássico do escritor Stephen King que também se tornou um filme.
O pai de Bruna, Diego de Abreu, conta que a menina vai ao Zombie Walk desde que era bebê. Diego também participou do bloco fantasiado de Michael Myers, do filme Halloween Kills.
Muito rock
Além do desfile pela Rua XV de Novembro, o Zombie Walk contou com apresentações de cinco bandas de rock, em um palco montado na Praça Santos Andrade. A presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Ana Cristina Castro, acompanhou a festa no local.
As atrações foram as bandas curitibanas Live Transmission, Galacto, She is Dead, Kiss Experience e Atracitus, de Campina Grande do Sul, Região Metropolitana de Curitiba.