O Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná (CBPMPR) foi acionado através do telefone de emergência 193 para prestar atendimento a uma vítima de queda na região do Pico Paraná neste domingo (15) e o atendimento que em princípio seria tranquilo, acabou virando caso de polícia.
Durante a triagem da ocorrência pela guarnição do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), o solicitante relatou que um dos integrantes do grupo havia sofrido uma queda no local conhecido como Abrigo II, na trilha que dá acesso ao Pico Paraná, e que devido as fortes dores nas costas estaria impossibilitado de realizar o retorno.
Diante da situação e após autorização da Central de Operações do Corpo de Bombeiros, foi designada uma equipe do GOST para o local.
De posse das informações iniciais relatadas pelo solicitante, a distância e a dificuldade da trilha, foi necessário o acionamento de uma aeronave de asas rotativas do Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) para deslocar os bombeiros de forma mais ágil para um primeiro atendimento. Devido a fatores climáticos desfavoráveis não foi possível deixar os militares no local exato, sendo deixados em um local conhecido como Getúlio, aproximadamente metade do trajeto, de onde seguiriam a trilha a pé em direção às vítimas.
Em paralelo, uma segunda equipe do GOST foi mobilizada por via terrestre para caso necessário, apoiar na logística de evacuação com maca e até mesmo com materiais de pernoite para vítima.
Quando a segunda equipe se preparava para iniciar a subida, foram informados que a suposta vítima já havia terminado a trilha com seus colegas e que se encontravam em um estabelecimento comercial próximo, preparando-se para retornar as suas residências.
O Oficial de Busca e Salvamento do GOST, deslocou-se ao referido estabelecimento comercial, onde localizou a tal “vítima”, e quando questionada sobre os fatos, relatou que passou pelos bombeiros que estavam na trilha não se identificou como solicitante dos serviços do Corpo de Bombeiros, e ainda, informou falsamente à guarnição de bombeiros que ainda havia uma suposta vítima que estaria os esperando no local conhecido como Casa de Pedra.
Diante dos fatos, o Oficial de Busca e Salvamento do GOST realizou o acionamento de uma guarnição da Polícia Militar, a qual conduziu o grupo para elaboração de Termo Circunstanciado, por, em tese, terem cometido crime previsto em legislação penal brasileira.
No caso em pauta, toda a guarnição de serviço do Grupo de Operações de Socorro Tático foi empenhada durante praticamente todo o dia, materiais e viaturas foram deslocadas para o local além da aeronave do BPMOA deixar de cobrir toda Curitiba e região metropolitana para transporte de militares.
Todos os anos as instituições públicas que atendem situações emergenciais despendem muitos esforços e recursos no atendimento a trotes. Muito além dos prejuízos financeiros, essa conduta reprovável praticada faz com que, além de serem mobilizados recursos especializados que tem alto custo para a sociedade, também causem o prejuízo no atendimento de emergências reais, que realmente necessitavam desses profissionais, colocando patrimônios e vidas em risco.