Três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) perderam a vida na madrugada desta sexta-feira (18) durante uma perseguição na Avenida Brasil, na altura de Vigário Geral, Zona Norte do Rio de Janeiro. A viatura em que os policiais estavam colidiu violentamente com um carro de passeio enquanto seguia dois motociclistas que haviam fugido de uma blitz.
Segundo testemunhas, os motociclistas trafegavam sem capacete e acessaram a pista lateral da via em alta velocidade. Durante o acompanhamento, a viatura da PRF passou por ondulações no asfalto e acabou perdendo o controle, colidindo na traseira do carro. Com o impacto, os dois veículos foram lançados para uma rua lateral, onde bateram em postes diferentes.
Na viatura estavam quatro agentes da PRF. Três deles — Diego Abreu de Figueiredo (47 anos), Carlos Eduardo Mariath Macedo (41 anos) e Rodrigo Pizetta Fraga (47 anos) — não resistiram aos ferimentos e morreram ainda no local. O quarto policial foi socorrido e levado ao Hospital Getúlio Vargas, onde recebeu atendimento médico e teve alta ainda pela manhã.
O veículo de passeio envolvido no acidente seguia de Parada de Lucas com três ocupantes: o motorista, sua esposa e a filha do casal, de apenas dois anos. Apesar do impacto, todos sofreram apenas ferimentos leves. Apenas o condutor foi arremessado para fora do veículo.
“A gente só viu uma moto vindo muito rápido, com um cara sem capacete. Nessa, a gente sentiu o impacto no nosso carro. A viatura bateu atrás”, relatou Maria José dos Santos, empresária que estava no carro com a família.
Os motociclistas que deram início à perseguição conseguiram fugir e não foram localizados até o momento.
Nota oficial da PRF
Em nota de pesar, a Polícia Rodoviária Federal comunicou o falecimento dos três agentes e decretou luto oficial de três dias. A corporação destacou a trajetória de cada policial:
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Diego Figueiredo, lotado na Delegacia do Rio de Janeiro, integrava a PRF desde 2022. Casado, deixa um filho.
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Carlos Mariath, desde 2017 na PRF, atuava na Delegacia de Duque de Caxias. Casado, deixa dois filhos.
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Rodrigo Pizetta, com 12 anos de carreira, também servia em Duque de Caxias. Casado, deixa uma filha.
A PRF manifestou solidariedade aos familiares, amigos e colegas de farda, classificando a perda como irreparável.