O empresário João Ricardo Rangel Mendes, de 44 anos, CEO da Hurb (antigo Hotel Urbano), foi preso nesta sexta-feira (25) acusado de furtar obras de arte em um shopping de alto padrão na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Segundo informações da 16ª Delegacia de Polícia (Barra da Tijuca), a direção do shopping acionou a polícia após análise das câmeras de segurança, que flagraram o empresário retirando peças de um escritório de arquitetura localizado no local. As obras furtadas estão avaliadas em cerca de R$ 28 mil.
Com base nas imagens, os policiais identificaram o suspeito e se dirigiram até a residência dele, em um condomínio de luxo. Ao perceber a aproximação das equipes, João Ricardo tentou fugir, mas foi capturado e preso em flagrante.
Durante buscas na casa, foram localizadas três esculturas de cerâmica e um dos quadros subtraídos do escritório. Um segundo quadro furtado ainda não foi encontrado.
João Ricardo foi CEO da Hurb até 2023, quando deixou o cargo em meio a polêmicas envolvendo ofensas a clientes e problemas operacionais da empresa, como voos cancelados e hospedagens em condições inadequadas. Atualmente, a Hurb enfrenta milhares de processos judiciais que somam quase R$ 4 milhões em indenizações. Apesar da renúncia formal, apurações apontam que ele teria continuado a influenciar a gestão da empresa.
Domínio saiu do ar
O site da Hurb saiu do ar após decisão judicial nas últimas horas. O domínio hurb.com.br foi congelado. O Ministério do Turismo já havia cancelado o cadastro da Hurb no Cadastur, sistema obrigatório para empresas do setor turístico. A decisão, publicada no Diário Oficial da União em 14 de abril de 2025, impede a empresa de operar formalmente no mercado de turismo brasileiro. A medida foi tomada após a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) encerrar negociações com a Hurb e determinar a suspensão da venda de pacotes de viagem com datas flexíveis, de mês fixo ou similares, devido à incapacidade da empresa de cumprir os contratos já assumidos .
A Senacon considerou a atuação da Hurb inviável do ponto de vista operacional, técnico e financeiro, após 12 meses de tentativas de acordo para assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). A empresa tem 10 dias, a partir da publicação da decisão, para apresentar recurso.