Uma confusão em um posto de combustíveis na noite desta quarta-feira (18), resultou no proprietário do posto baleado na BR-116 em Quatro Barras, na região metropolitana de Curitiba.
O posto estava com grande movimentação de ônibus de turismo, que seguem com escolta armada para São Paulo. De acordo com uma testemunha, um caminhão estava manobrando dando ré, quando um ônibus que estava no restaurante também deu ré e acabaram se envolvendo em uma pequena colisão. Os dois motoristas desembarcaram e começaram a conversar. Durante a conversa os veículos ficaram no caminho atrapalhando o fluxo no posto.
Foi neste momento que de acordo com uma testemunha, o proprietário do posto viu o ônibus atravessado no pátio e correu para orientar para que retirassem os veículos. No momento em que ele chegou na janela do motorista e pediu para tirar o ônibus, ele teria sido baleado por um dos integrantes da escolta armada. Após o fato houve muita confusão e revolta por parte de funcionários do posto que presenciaram a cena.
O homem chegou a ser socorrido ao Hospital Angelina Caron, mas de acordo com informações repassadas no local, ele não teria resistido ao ferimento e morreu. Até o momento o hospital não confirmou a morte. A identidade do homem não foi revelada.
Toda a equipe de escolta armada e testemunhas foram encaminhadas para a delegacia de polícia.
Outras testemunhas teriam dados versões um pouco diferentes.
Atualização
A vítima baleada foi identificada por Rodrigo Andreatta Ribeiro. Ele seria filho do proprietário do posto de combustíveis e trabalhava junto com o pai.
Região de risco
Este trecho que liga Curitiba até a divisa do estado de São Paulo, pela BR-116, é um dos pontos mais perigosos para ônibus de turismo. Mesmo com escolta armada, criminosos fortemente armados de fuzil realizam ataques ousados que inclusive tiraram a vida de um vigilante de uma escolta armada em 2019.
Os criminosos sabem que os ônibus levam comerciantes que transportam bastante dinheiro para realizar compras em São Paulo.
Somente no Paraná, em 2019 foram realizados 44 ataques a comboios de ônibus de turismo envolvendo quadrilhas fortemente armadas.
Escolta dá outra versão
Os vigilantes que trabalhavam na escolta deram outra versão para a polícia. De acordo com informações da Guarda Municipal, a vítima já teria se desentendido anteriormente com a equipe de escolta e retornou. O vigilante alega que a vítima partiu para cima dele para tomar a arma que durante a situação disparou.