A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou Nota Informativa nesta sexta-feira (24) com recomendações para a prevenção e controle do Novo Coronavírus (2019-nCoV). Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil não tem casos confirmados da infecção, mas a orientação para que os estados adotem ações preventivas.
“O Governo do Estado do Paraná adota esta medida preventiva, com a publicação desta Nota Informativa, considerando orientação e publicações já emitidas pela Organização Mundial de Saúde e pelo Ministério da Saúde para a disseminação das informações sobre o novo vírus. Nosso intuito é de informar e orientar os profissionais de saúde e a população. Neste momento é fundamental a informação; não é momento de pânico, mas sim de prevenção. Mas reafirmamos que não existem casos no Brasil e tampouco no Paraná”, afirma o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A Nota Informativa da Sesa destaca que é “prudente se adotar os princípios básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas como: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; higiene das mãos com frequência, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações; pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta respiratória de cobrir o nariz e a boca quando for espirrar ou tossir”.
Conforme a OMS e o Ministério da Saúde, a Sesa também não recomenda medidas específicas diferentes para os viajantes. “No caso de sintomas sugestivos de doença respiratória, durante ou após a viagem, os viajantes são incentivados a procurar atendimentos médico e compartilhar o histórico de viagens com seu médico”, ressalta a Nota Informativa.
A Nota Informativa foi elaborada pelas áreas técnicas da Vigilância Epidemiológica, Ambiental, Sanitária, Atenção Primária, Urgência e Emergência da Sesa, com a participação da Comissão Estadual de Controle de Infecção em Serviços de Saúde.
Coronavírus – A infecção pelo vírus apresenta centenas casos confirmados globalmente, principalmente em cidades da China, inclusive com óbitos. Os registros de casos começaram em dezembro de 2019 e hoje as notificações já atingem outros países, como Coréia do Sul, Tailândia, Japão e Estados Unidos.
Transmissão – Em humanos, o novo coronavírus pode ser transmitido pelas gotículas respiratórias, por tosse e espirros em curta distância, sendo também transmitido por objetos contaminados. O vírus pode se disseminar no ar, afetando principalmente pessoas com a imunidade debilitada.
O período de incubação do Coronavírus é de cerca de 2 a 7 dias, podendo chegar a 14 dias.
Sintomas – Casos mais leves podem parecer com gripe ou resfriado comum, com tosse, febre e dificuldade para respirar. Já casos mais graves podem evoluir para pneumonia ou síndrome respiratória aguda grave.
NOTA INFORMATIVA
Novo Coronavírus
Histórico
Em 31 de dezembro de 2019 o escritório da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi informado sobre casos de pneumonia de etiologia desconhecida detectados na cidade de Wuhan, na Província de Hubei, parte central da China. Em 12 de janeiro de 2020, a China divulgou a sequência genética de um novo coronavírus sendo responsável por estas infecções.
Coronavírus (CoV) é uma ampla família de vírus que em humanos podem causar doenças semelhantes a gripe comum até casos mais severos. O novo coronavírus (2019-nCov) é uma nova cepa que ainda não havia sido previamente identificada em humanos. De acordo com as atualizações publicadas pela OMS o último boletim de 23 de janeiro de 2020, 581 casos foram reportados globalmente, sendo a maioria na China (574). Casos da infecção importados da China também já foram confirmados na Coréia do Sul (1), Tailândia (4), Japão (1), Estados Unidos (1). Dezessete óbitos foram reportados, todos oriundos da Província de Hubei (China).
Definição de caso
De acordo com o Boletim Informativo do Ministério da Saúde Brasil 04/2020, abaixo está descrita a definição de caso. As áreas de transmissão podem ser encontradas atualizadas no link (saude.gov.br/listacorona).
Gravidade
Vinte e cinco por cento dos casos confirmados relatados pela China foram classificados pelas autoridades de saúde chinesa como gravemente doentes. Na Província de Hubei: 16% severamente doente, 5% criticamente doente e 4% morreram.
Transmissão
Muitos pacientes do surto de pneumonia na China causada pelo 2019-nCoV em Wuhan, segundo as autoridades chinesas, tiveram alguma ligação com um grande mercado de frutos do mar e animais vivos, sugerindo disseminação de animais para pessoas. Entretanto como há um crescente número de pacientes identificados que não tiveram exposição a animais, a transmissão pessoa-a-pessoa é uma provável forma de transmissão. Em humanos, quando ocorre a transmissão pessoa-a-pessoa, o coronavírus pode ser transmitido principalmente pelas gotículas respiratórias, por tosses e espirros em curta distância, ou contato com objetos contaminados pelo vírus, semelhante à influenza ou outros vírus respiratórios.
Período de incubação
De acordo com informações do Centro de Controle de Doenças dos EUA (CDC), o período de incubação do 2019-nCoV é de cerca de 2 a 7 dias podendo chegar a 14 dias após a exposição.
Sinais e sintomas
Casos mais leves de infecção por coronavírus podem parecer como gripe ou resfriado comum, dificultando o diagnóstico. Sinais comuns de infecção incluem sintomas respiratórios, febre, tosse e dificuldade respiratória. Em casos mais severos a infecção pode causar pneumonia, síndrome respiratória aguda grave e até óbito.
Recomendações para prevenção e controle
É prudente adotar os princípios básicos para reduzir o risco geral de infecções
respiratórias agudas:
→ Evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias
agudas;
→ Higiene das mãos com frequência, especialmente após contato direto com
pessoas doentes ou com o meio ambiente;
→ Evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em
fazendas ou criações;
→ Pessoas com sintomas de infecção respiratória aguda devem praticar etiqueta
respiratória (cobrir a boca e nariz ao tossir e espirrar, preferencialmente com
lenços descartáveis e após lavar as mãos) .
Para viajantes
Conforme CDC, EUA, a recomendação é que viajantes evitem viagens não essenciais à Wuhan, China.
Demais recomendações incluem evitar contato próximo com pessoas sofrendo de uma doença respiratória, além de higienizar as mãos com frequência e praticar a etiqueta respiratória No caso de sintomas sugestivos de doença respiratória, durante ou após a Viagem, os viajantes são incentivados a procurar atendimento médico e compartilhar o
histórico de viagens com seu médico.
Para profissionais de Saúde
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção). Os pacientes devem ser mantidos em quarto privativo/isolamento enquanto houverem sinais e sintomas clínicos ou até que o caso seja descartado. Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara.
Tratamento
Não há nenhum antiviral específico recomendado para o tratamento de infecções por 2019 n-CoV. Pessoas infectadas com este vírus devem receber tratamento para auxiliar no alívio de sintomas. Para casos severos, tratamento deve incluir suporte de terapia intensiva.
Notificação de casos
A notificação de casos suspeitos, quando da concordância com os critérios recomendados pelo Ministério da Saúde, deve ser feita em formulário próprio conforme link (http://bit.ly/2019-ncov) com CID B34.2. Além disso, a notificação deve ser obrigatoriamente enviada também ao CIEVS estadual através do e-mail [email protected] ou pelo telefone (41) 99117 3500.
Contatos
Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde
→ Telefone: 41-99117-3500
→ E-mail: [email protected] / [email protected]
Vigilância Sanitária
→Telefone: (41) 3330-4498
→ E-mail: [email protected] / [email protected]
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