Pessoas que testaram positivo para covid-19 não poderão usar o cartão-transporte nos ônibus da capital por sete dias, a partir da data confirmação do exame PCR. O cartão será bloqueado neste período. A nova regra vale para todos os tipos de cartões: usuário, isento, idosos e estudantes.
O objetivo é evitar que as pessoas diagnosticadas com covid-19 furem o isolamento social, colocando em risco a sua saúde e de outros usuários dos ônibus. Curitiba está, desde 13 de março, em bandeira vermelha de alerta máximo contra a pandemia.
A medida, que passa a valer nesta semana, será possível porque a Urbanização de Curitiba (Urbs) e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) passam a compartilhar dados.
“Assim que a Saúde compartilhar os dados, automaticamente os cartões desses pacientes não podem ser utilizados. É uma medida de precaução importante para evitar a propagação da pandemia”, diz o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto.
A decisão da Urbs se ampara também no termo que cada cidadão assina no momento do resultado positivo do teste RT-PCR, comprometendo-se a ficar em isolamento por sete dias.
Com os registros da SMS, a Urbs vai cruzar dados do CPF dos diagnosticados com covid-19 com os dos usuários do cartão-transporte. O período de bloqueio do cartão no transporte coletivo começa a valer, para os infectados com a covid-19, a partir da data do exame. As regras valerão para os exames positivos a partir desta quarta-feira (24/3).
Após o período de sete dias, o usuário poderá fazer o agendamento do desbloqueio no site da Urbs.
A atualização dos dados será diária. O usuário do transporte coletivo será informado das novas regras por avisos nos terminais e pontos do transporte coletivo.
Segundo a Urbs, os cartões representam mais de 60% do meio de pagamento no transporte coletivo. Atualmente são 1,8 milhão de cartões-transporte usuário, 170,3 mil cartões do idoso, 15,5 mil isentos e 772 de estudantes ativos na capital.