A Prefeitura de Curitiba já enviou o formulário de adesão ao consórcio que será formado por municípios brasileiros para a compra de vacinas e prepara o projeto de lei que prevê a sua participação no projeto coletivo de aquisição de imunizantes. A proposta deve ser encaminhada até o fim da próxima semana à Câmara Municipal de Curitiba.
O consórcio de municípios, que é encabeçado pela Federação Nacional dos Municípios (FNP) e por cidades como Curitiba, deve ser formado até 22 de março. Mais de 100 municípios já manifestaram interesse em participar. Cada um terá que aprovar nas respectivas casas legislativas o projeto autorizando o ingresso no consórcio.
A ideia é que a iniciativa se some às vacinas disponibilizadas pelo plano nacional de imunização do governo federal. Curitiba vem fazendo um trabalho de aproximação com os laboratórios para viabilizar a aquisição tanto individual como coletiva.
“Continuaremos insistindo de todas as maneiras para que as vacinas cheguem mais rapidamente à população de Curitiba”, diz o secretário de Planejamento, Finanças e Orçamento, Vitor Puppi. Já foram feitos contatos com laboratórios como Pfizer/BioNTech, Oxford/AstraZeneca, Johnson&Johnson e Bharat Biotech.
Segundo o secretário, se houver espaço, via consórcio ou individualmente, a ideia é adquirir.
“Temos recursos do Fundo de Estabilização e Recuperação Fiscal para essa finalidade. O intuito é complementar a política nacional de imunização”, disse. Curitiba já tem reservado R$ 100 milhões para essa finalidade.
Para os municípios, a vantagem do consórcio é garantir escala de compra, o que pode gerar melhores negociações, e, ao mesmo tempo, evitar uma competição entre os municípios pela vacina.
Atualmente, no mundo, há dez vacinas aprovadas e mais de 256 em fase de testes. São 74 em desenvolvimento clínico e 182 em fase pré-clinica.